O britânico Chris Hoy, o ciclista mais galardoado em Jogos Olímpicos, anunciou hoje a sua retirada, aos 37 anos, oito meses depois de ter conquistado as suas últimas duas medalhas de ouro olímpicas em Londres2012.
"Anunciou oficialmente a minha retirada do ciclismo internacional. É uma decisão que não tomei de ânimo leve. É algo em que pensei bastante, com a ajuda da minha família e dos meus treinadores", afirmou o escocês numa conferência de imprensa em Edimburgo, sua terra natal.
Figura maior do ciclismo de pista, Sir Christopher Andrews Hoy conquistou o ouro nas provas de sprint por equipas e de keirin em Londres, passando a contar seis medalhas de ouro e uma de prata em Jogos Olímpicos, e anunciou que iria guardar algum tempo antes de tomar uma decisão sobre o seu futuro.
Com 11 títulos e 25 medalhas em campeonatos do Mundo, Hoy subiu sete vezes ao pódio olímpico entre Sydney2000 e Londres 2012, igualando o número de medalhas do também britânico Bradley Wiggins nos Jogos, embora este com apenas quatro de ouro.
Depois de suplantar o remador Steve Redgrave no estatuto de mais bem-sucedido atleta britânico em Jogos Olímpicos, o escocês ponderava a hipótese de retirar-se após os Jogos de Commonwealth de 2014, em Glasgow, cujas provas de ciclismo de pista vão realizar-se no Velódromo Sir Chris Hoy, mas hoje manifestou-se incapaz de continuar a competir ao mais alto nível.
«Eu esgotei as últimas gotas de energia que tinha. Cheguei a Londres e tive sucesso, mas não tive a noção de quanto Londres exigiu de mim. Continuar por mais um ano seria um ano muito longo. Eu não quero aparecer só para acenar aos adeptos e vestir o equipamento», afirmou.
«Queria competir e ganhar uma medalha para a Escócia, mas, porque penso que não serei capaz de o fazer, quis que alguém fosse no meu lugar», acrescentou Hoy, que se iniciou no ciclismo na vertente BMX, entre os sete e os 14 anos, chegando a ser nono do “ranking” mundial.
Questionado sobre o melhor momento da sua carreira, Hoy apontou para a sua primeira medalha de ouro olímpica, em Atenas2004, e para a última, em Londres.
«Atenas... Subir ao pódio, ouvir o meu nome e de seguida ouvir ‘campeão olímpico’. Para mim, aquilo era a minha carreira. Pensava que nada se podia comparar com isso, mas, em Londres, terminar a minha carreira com a minha sexta medalha de ouro, no keirin, foi verdadeiramente especial», contou.