O ciclista esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) assumiu hoje que competirá com “menos pressão e expectativas” na Volta a França, devido ao adiamento da prova e à incerteza que a rodeia em resultado da pandemia de COVID-19.
“Penso que há menos expectativas nos meus ombros agora. As pessoas não esperam muito de mim, depois da pandemia. Algumas nem acreditam que haverá Tour”, disse o jovem esloveno, de 21 anos, ao site especializado Cyclingnews.
Está previsto que o vencedor da Volta ao Algarve de 2019 e terceiro classificado da Vuelta do ano passado lidere a UAE Emirates, equipa dos portugueses Rui Costa e Ivo e Rui Oliveira, no Tour, mas Pogacar demonstrou dúvidas quanto à realização da ‘Grande Boucle’.
“Ainda está tudo no ar, no entanto, se houver Volta a França este ano, é muito cedo para eu pensar num resultado na classificação geral. Espero preparar-me bem e farei tudo ao meu alcance, mas não posso falar já sobre resultados. Claro que quero estar na frente, com os melhores, e tentar atacar, mas sei que irá ser difícil”, avaliou.
A Volta a França, que iria originalmente decorrer entre 27 de junho e 19 de julho, foi adiada para o período entre 29 de agosto e 20 de setembro devido à pandemia da COVID-19, sendo a primeira das três ‘grandes’ Voltas a ir para a estrada, pouco depois da retoma, em 01 de agosto, das provas WorldTour, suspensas desde março.
“[O Tour] pode ser ainda mais duro, uma vez que muitos ciclistas que iriam estar no Giro e na Vuelta irão optar pelo Tour agora, o que significa que a competição será ainda maior”, sustentou o ciclista.
O vencedor da Volta a França do Futuro de 2018, que recentemente prolongou o seu contrato com a UAE Emirates até 2024, disse ainda não ter definido o calendário de preparação para a prova francesa, que poderá incluir provas de um dia e o Critério do Dauphiné, agendado entre 12 e 16 de agosto.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 373 mil mortos e infetou mais de 6,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Cerca de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados.
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