O eslovaco Peter Sagan (Cannondale) venceu hoje o Grande Prémio do Quebeque em ciclismo, fugindo ao primeiro pelotão a cerca de cinco quilómetros do final da prova canadiana, em que o português Rui Costa (Movistar) foi sexto.

O melhor "sprinter" da atualidade não quis esperar por uma chegada em grupo e rapidamente ganhou uma vantagem de 15 segundos sobre um grupo perseguidor que não conseguiu o melhor entendimento para a perseguição. Na meta, o eslovaco ainda tinha quatro segundos de vantagem sobre o italiano Simone Ponzi (Astana) e cinco sobre o canadiano Ryder Hesjedal (Garmin).

Entraram depois, também no já reduzido grupo perseguidor, o belga Greg van Avermat (BMC), o italiano Filippo Pozzato (Lampre) e Rui Costa.

Sagan gastou 5:20.07 horas para cumprir os 205,7 quilómetros da prova, um circuito centrado no Mont Royal, com 17 voltas de 12,1 km cada. Terminou com a boa média de 38,6 km por hora, dado as didiculdades do traçado, com três subidas, em que se destacava a Camillien-Houde (1,8 km e 8 por cento de inclinação).

Há dois dias, Sagan, segundo ciclista do ranking mundial e com 22 vitórias na temporada, já muito tinha feito para ganhar no Quebeque, mas então não teve força. Hoje, tudo lhe correu bem e reforça o favoritismo para o Campeonato do Mundo, dia 29 em Florença, Itália.

O jovem eslovaco, de 23 anos, está a preparar minuciosamente o Mundial e acaba por realizar, nestas corridas canadianas, um verdadeiro teste à preparação em altitude que fez em Aspen, Colorado, no mês passado.

Contrariou bem os ataques do espanhol Alberto Contador (Saxo Tinkoff) e do holandês Robert Gesink (Belkin) - o vencedor do Quebeque - e de Hesjedal e quando se isolou nunca abrandou, até à reta da meta, onde finalmente controlou a eventual reação (que acabou por não se verificar).

«Foi duro. Todas as equipas queriam endurecer a corrida no final, mas consegui atacar na última subida. Estou muito contente por trazer uma vitória desta aventura no Canadá. Deve ser a minha última corrida da época e o meu próximo objetivo é o Campeonato do Mundo, onde espero estar preparado», disse no final Sagan.

Rui Costa, aqui chefe de fila da Movistar, pareceu menos forte que no Quebeque, mas ainda assim andou sempre no grupo dos melhores e terminou em honroso sexto lugar a prova que já ganhou, há dois anos.

Antes, outros portugueses já tinham dado nas vistas, nomeadamente Sérgio Paulinho (Saxo Tinkoff), que andou em fuga, integrado num grupo de sete, quase desde o início até ao km 148.

Tiago Machado (RadioShack), melhor do prémio da Montanha no Quebeque, realizado sexta-feira, continuou centrado nesse objetivo e "apareceu" na corrida a cerca de 30 km da meta só para passar em primeiro na subida de Camillien-Houde e assim assegurar os pontos suficientes para ser o melhor trepador da jornada.