A 51.ª edição do Europeu de hóquei em patins, realizada em Alcobendas, Espanha, terminou há uma semana e, depois de analisar a participação de Portugal, Luís Sénica não escondeu a tristeza por não ter conseguido vencer a competição, embora defenda que a formação portuguesa foi aquela que mais se destacou durante a competição.

Instado a explicar o que é que falhou na luta pelo título, o selecionador nacional foi taxativo: “Falharam dois momentos no jogo com a Itália [última jornada da competição, Portugal precisava de vencer para assegurar o 1.º lugar]: seis bolas paradas e dois golos sofridos em superioridade [numérica]. Ficamos insatisfeitos e, de alguma forma, frustrados por serem momentos que foram preparados para não falharmos. Fomos mais equipa que a Itália e a única que procurou jogar para vencer. A Itália foi cínica, à maneira italiana, e pragmática”, justificou.

O selecionador assegurou ainda que a vitória sobre a grande rival Espanha não serve de consolação para a terceira posição obtida, mas realça a qualidade de jogo apresentada diante da formação de “nuestros hermanos”.

“Assumimos que Portugal era capaz de ser campeão. A equipa estava bem, o ambiente há volta era positivo e a prova real foi o jogo com a Espanha: tirámos-lhe o título de forma categórica. Dizia-se que Portugal não tinha competência e que a Espanha se preparava para dominar outra vez e isso não aconteceu. A Espanha foi transportada em ombros pelo Pedro Gil”, atirou de seguida.

Luís Sénica deixou ainda no ar a ideia de dar oportunidade aos mais novos no Torneio de Montreux (disputado em 2015), com o objetivo de oferecer à equipa um maior número de soluções.

“Será um bom espaço de evolução para os jovens. A Espanha de Feriche [selecionador espanhol até 2013] teve essa estratégia, e Portugal não. A seleção não é um espaço fechado. Tem um núcleo e um modelo de jogo. As coisas devem ser feitas de forma progressiva e não compulsiva. A Montreux e ao Mundial vai uma seleção de excelência”, assegurou a finalizar.