Os nomes dos desportistas russos suspeitos de terem beneficiado de um programa de dopagem institucionalizada, durante os Jogos Olímpicos de Inverno Sochi2014, foram transmitidos às respetivas federações pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), anunciou hoje a entidade.
No decurso de uma reunião, que teve lugar hoje em Lausana (Suíça), a AMA transmitiu aos representantes das federações olímpicas novas informações, nomeadamente os nomes dos atletas e outros elementos constantes na base de dados (LIMS) do laboratório antidopagem de Moscovo, no período entre 2012 e 2015.
Esta transmissão pode incidir sobre os atletas suscetíveis de participar como independentes nos Jogos Olímpicos de inverno de PyeongChang2018, que arrancam em 09 de fevereiro.
“Agora, cabe às federações explorar estas informações. Nós podemos aconselhar e guiar cada federação na gestão de cada caso”, explicou, citado em comunicado, Gunter Younger, responsável pelo departamento de inquéritos da AMA, que esteve presente na reunião.
Younger acrescentou ainda que, mesmo que os elementos que constam da base de dados LIMS não sejam suficientes para estabelecer uma violação do código antidopagem, constituem-se como provas “muito credíveis” que podem ser completadas por outros dados, de modo a formar “casos bastante sólidos”.
O responsável da AMA considerou que os casos que não tenham prescrito podem ser reabertos e que novos processos podem ser abertos, com o objetivo de impor sanções aos desportistas prevaricadores.
O relatório McLaren, encomendado pela AMA, expôs um sistema de dopagem institucionalizado patrocinado por Moscovo. Com base neste relatório, o Comité Olímpico Internacional suspendeu a Rússia dos próximos Jogos Olímpicos de Inverno, autorizando, no entanto, os desportistas do país a competirem como independentes.
A lista dos desportistas russos ‘convidados’ para PyeongChang2018 vai ser decidida por um painel presidido pela antiga ministra francesa dos Desportos Valérie Fourneyron.
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