O canoísta hexacampeão Europeu de maratonas José Ramalho confia que "é desta" que vai conquistar o primeiro título mundial na especialidade, de 3 a 9 de setembro, em Vila Verde, Braga.

"É o que tiver que ser. Há muitos anos que andamos a apregoar a mesma coisa. A realidade é que todos os atletas querem o mesmo. Tenho bons tempos e preparação. Espero chegar aqui a 100 por cento", disse o competidor, que neste circuito no Rio Cávado foi vice-campeão da Europa em 2013.

Em declarações à agência Lusa, o vila-condense que recentemente conquistou o quinto título europeu consecutivo, em Metkovic, Croácia, de um total de seis, não entende o que tem falhado nos mundiais, porém a sua preparação com o treinador Rui Câncio, também técnico nacional da seleção, mereceu este ano alguns ajustes.

"Não sabemos bem (o que tem falhado nos Mundiais). Temos vindo a alterar algumas coisas para estarmos melhor do que nos outros anos. A realidade é que as coisas estão a funcionar. Vamos ver o que vai acontecer. No desporto, às vezes não podemos ter a certeza a 100 por cento de tudo o que se vai passar. Tem de ser o dia da sorte, do 100 por cento, um dia especial", assumiu.

Sem querer personalizar os principais rivais, espera que os grandes obstáculos ao seu desejo venham da Hungria, África do Sul, Espanha e França, as nações habitualmente mais poderosas nas maratonas - o rival sul-africano MgGregor, campeão em título, esta época não vai competir em K1.

José Ramalho entende que o trajeto é adequado às suas características: "Tem pouca água, num percurso bastante duro. Todos os ataques podem fazer mossa aos adversários. É uma prova dura, adapta-se ao que gosto."

O experiente canoísta desdramatiza a idade - "nas maratonas 35 não é problema" -, esperando competir "mais uns anitos" ao mais alto nível, cofiando de que vai continuar a "ganhar medalhas" internacionais.

De 3 a 5 de setembro realiza-se o mundial de veteranos no mesmo local, sendo que os absolutos decorrem durante os quatro dias seguintes - menos de duas semanas antes, a federação de canoagem organiza o mundial de velocidade, mas em Montemor-o-Velho.

Para que tudo corra na perfeição, federação, Clube Náutico de Prado e a autarquia de Vila Verde uniram esforços num projeto orçado em 300.000 euros.