O Comité Paralímpico de Portugal manifestou "enorne pesar" pela morte de Nuno Alpiarça, classificando como "um amigo" o atleta-guia e treinador que hoje faleceu, aos 53 anos, vitimado por doença súbita.
José Manuel Lourenço presidente do CPP, destaca as características de “bom conversador, excelente profissional e um homem que privilegiava o consenso”, além do “trabalho, dedicação e amizade para com o Movimento Paralímpico”.
Nuno Alpiarça, que tinha 53 anos e foi treinador e atleta-guia do campeão paralímpico Carlos Lopes, morreu hoje vitimado por doença súbita pouco antes de iniciar um treino de Luís Gonçalves, outro dos atletas paralímpicos de nível internacional que orientou ao longo de mais de 20 anos.
O ponto mais alto da carreira foram as duas medalhas que levou Carlos Lopes a conquistar em Sydney2000, mas esteve ligado a mais três pódios em paralímpicos, com bronze para Carlos Lopes em Atlanta96, prata para Luís Gonçalves em Pequim2008 e bronze para o mesmo atleta no Rio2016.
A Federação Portuguesa de Desportos para Pessoas com Deficiência também se manifestou e destacou o "exemplo de competência, dedicação e profissionalismo, em especial nestas duas atividades profissionais em que era mais conhecido".
"A FPDD foi uma das entidades que, por certo, mais de perto privou com este homem singular, afável, íntegro, amigo e solidário", acrescenta a nota. "Para todos fica um imenso vazio pela enorme perda, restando-nos, apenas, a memória".
O Sporting, clube a que este ligado por mais de 25 anos, e a Federação Portuguesa de Atletismo também apresentaram mensagens de pesar pelo antigo atleta, que antes de ser treinador competiu em barreiras e velocidade longa.
Ex-atleta do Sporting, onde competiu em barreiras e 400 metros, Alpiarça era professor de Educação Física e treinador de atletismo adaptado de alto rendimento da área visual, tendo antes sido, no Sporting, técnico de velocidade e barreiras.
Oriundo do Belenenses, chegou ao Sporting no final do ano de 1991, para integrar a equipa nas disciplinas de barreiras e velocidade prolongada. Como atleta, esteve na subida ao Grupo A da Taça dos Campeões Europeus na época de 1996, correndo os 400 metros barreiras e a estafeta dos 4x400 metros.
Em 1999 passou a treinador dos 'leões' e especializou-se no treino e corrida como atleta-guia de atletas paralímpicos, atingindo os maiores sucessos com Carlos Lopes, com quem foi campeão paralímpico, além de uma série de outras medalhas em Mundiais e Europeus, e Luís Gonçalves.
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