O Comité Paralímpico de Portugal vai receber mais de 6,6 milhões de euros para o próximo ciclo olímpico, que começa em 2018, anunciou hoje o ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues.
O governante, que falava à margem da II Gala do Comité Paralímpico, frisou que este aumento de mais de 80% em relação à verba atribuída ao anterior ciclo, que agora finda, visa também equiparar o apoio financeiro entre os atletas olímpicos.
"No ciclo do Rio de Janeiro, que agora termina, tínhamos atribuído uma verba de 3,7 milhões de euros. Agora temos o aumento de mais de 80%, que é um aumento significativo. O Comité Paralímpico poderá fazer as suas escolhas de como premiar os seus atletas e como trabalhar com as federações desportivas", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.
Segundo o ministro da Educação, esta verba visa, por um lado, contribuir também para o aumento do número de participantes no desporto adaptado, traduzindo-se assim no crescimento do número de atletas presentes nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020, e, por outro, colmatar a diferença de verbas entre os atletas portadores de deficiência e os atletas olímpicos.
"Esta articulação e este caminho que fizemos com o Comité Paralímpico de Portugal dá a oportunidade de continuar neste caminho de equidade, para que esse caminho de convergência se possa fazer como tem de ser feito. Esse é o trabalho que será feito ao longo deste ciclo olímpico", disse.
Uma boa notícia para o presidente do Comité Paralímpico de Portugal, António José Lourenço, para quem o caminho da equiparação de atletas olímpicos e paralímpicos se torna fundamental para aumentar a excelência no desporto adaptado.
"Não sei oficialmente dos valores que serão atribuídos. Publicamente não fui informado dos valores. O mais importante não é apenas a conquista de medalhas. É também importante o segundo, o terceiro, até ao oitavo lugar, que se traduz na atribuição de um diploma aos atletas que participam nos Jogos Paralímpicos", começou por dizer.
Para este responsável, torna-se imperioso aumentar as condições dos atletas sob pena de Portugal ficar numa segunda linha do desporto adaptado a nível internacional.
"É importante que haja mais condições materiais para que os atletas, treinadores e federações possam desenvolver com melhores condições o seu trabalho. O desporto paralímpico a nível mundial está com uma dinâmica e grande desenvolvimento. Hoje não se compadece com o amadorismo do passado, mas é exigido aos atletas dedicação exclusiva e utilização da tecnologia de ponta e algumas delas específicas para esta dimensão desportiva", defendeu.
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