A Nike recolheu do mercado um modelo de sapatilhas que mostrava uma antiga versão da bandeira norte-americana, após o jogador de futebol americano, Colin Kaepernick, lembrar que o seu desenho estava associado com a escravatura, informou o Wall Street Journal (WSJ).

Para comemorar a independência dos Estados Unidos da América, no dia 4 de julho, a Nike apresentou o  Air Max 1 USA, inspirado na versão da bandeira americana conhecida como "Betsy Ross". Só que esta bandeira é usada como símbolo dos supremacistas brancos, como o Partido Nazi Americano.

Mas a empresa teve que retirar o modelo após as críticas de Kaepernick, ex-jogador da NFL que liderou em 2016 um movimento que levou vários atletas do país a ficar de joelhos durante o hino nacional no início dos eventos desportivos para protestar contra a desigualdade racial e a injustiça social. Esta ação de Kaepernick, muito criticada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, ganhou mais força em 2017.

Segundo Kaepernick, o desenho - que mostra 13 estrelas brancas num círculo - é ofensivo porque é associado a um período de escravatura, que foi legal nos Estados Unidos da América após a independência.

Vários grupos de supremacistas brancos já estavam a adotar a Betsy Ross como símbolo, segundo o jornal.

Após enviar o modelo de calçado para os pontos de venda, a empresa recolheu as sapatilhas e retirou os anúncios que tinha publicado no seu site, acrescentou o WSJ.