O técnico nacional de canoagem Rui Fernandes sabe que o seu K4 500 não está entre os favoritos na missão portuguesa às medalhas em canoagemTóquio2020, contudo, acredita que a sua equipa pode protagonizar uma “boa surpresa”.
“A comitiva olímpica traz sempre poucas medalhas. Uma, duas, três no máximo. Sabemos que em todas as modalidades existem atletas com muitos títulos europeus e mundiais e esses são os verdadeiros candidatos. Nós queremos ser uma surpresa, uma boa surpresa”, disse, à agência Lusa.
Os já olímpicos Emanuel Silva e João Ribeiro, com os estreantes David Varela e Messias Baptista, qualificaram o K4 500 para Tóquio2020 em agosto de 2019, precisamente na pista de Szeged, Hungria, onde, de sexta-feira a domingo, decorre a Taça do Mundo, a primeira prova internacional que disputam desde então.
“Este é o momento pelo qual muito esperávamos. Há mais de um ano e meio que não competíamos a nível internacional. É uma motivação grande. Há muita ansiedade para saber como estamos em relação a todos os barcos por esse mundo fora. Queremos chegar o mais longe possível. Além de aferir o nosso nível, é atingir a final e chegar o mais à frente possível, lutar pelas medalhas”, completou o treinador.
Em 25 de agosto de 2019, o apuramento olímpico surgiu com o sexto lugar no mundial, a somente 15 centésimos de segundo da medalha de bronze, o que revela o equilíbrio e competitividade vigentes na categoria.
Rui Fernandes quer um bom resultado na Taça do Mundo, mas recorda que “toda a preparação” está virada para o desempenho em Tóquio2020, pelo que esta Taça do Mundo e os Europeus, no início de junho em Poznan, Polónia, servem apenas como etapas no trabalho para “o objetivo final”.
O adiamento dos Jogos Olímpicos por um ano não foi prejudicial ao K4 português, que, reestruturado para a nova distância olímpica, teve “mais tempo para trabalhar e afinar determinadas coisas”.
“A equipa está bem, unida e motivada. Tivemos a semana passada um contratempo com o falecimento de um familiar do Emanuel Silva que nos impediu de trabalhar em conjunto. Pela experiência e forma como trabalhamos, penso que isso não será um fator determinante, já estará ultrapassado, e na competição iremos confirmar isso”, concluiu.
Além de Emanuel, João, David e Messias, também Fernando Pimenta em K1 1.000 e Teresa Portela em K1 200 têm passagem marcada para o Japão: entre hoje e quinta-feira, há 10 canoístas em seis tripulações a tentar a derradeira vaga europeia em Szeged, onde a partir de sexta-feira decorre a Taça do Mundo.
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