O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, vai recandidatar-se a um terceiro mandato à frente da instituição, desejando que a equipa que lidera se mantenha no cargo no ciclo que vai até aos Jogos Olímpicos Paris2024.

“Para nós, seria mais fácil deixar a federação, saindo em alta, depois do melhor ciclo olímpico e paralímpico da história, que culminou com duas medalhas. Destaco ainda um conjunto de resultados com vários campeões europeus e mundiais. Porém, sentimos que temos a responsabilidade de continuar este trabalho e é isso que procuraremos fazer”, disse o dirigente.

Em declarações à Lusa, Vítor Félix disse entender que há uma “certa unanimidade” em relação ao “bom desempenho” dos órgãos sociais vigentes, o que ajudará no próximo desafio, “pois este será o mandato mais difícil, uma vez que a fasquia da exigência está muito alta”.

Para o derradeiro mandato permitido pela lei, Vítor Félix assume três “objetivos primordiais”, a começar pela “renovação da equipa nacional”, uma vez que os principais atletas já estão na casa dos 30 anos e a federação pretende começar a preparar já Los Angeles2028.

“É nossa preocupação o surgimento de novos valores, apesar de termos nos escalões de formação campeões da Europa e do mundo. Não é fácil substituir canoístas como Fernando Pimenta, João Ribeiro, Emanuel Silva ou Teresa Portela, e garantir que possamos continuar na luta pelas medalhas olímpicas”, justificou.

Esta equipa elegeu ainda como prioritária a “construção da torre de chegada no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho”, que está a avançar, em colaboração com a autarquia e outros parceiros, facto que “dará mais qualidade às provas nacionais e internacionais”.

A “organização de excelência” de eventos internacionais é precisamente o terceiro vetor, sendo que a federação já assegurou a realização de vários Europeus e Mundiais neste próximo ciclo, nas suas diversas especialidades.

“Sabemos que este vai ser o mandato mais difícil, mas estamos com a mesma motivação de 2013, quando passei a liderar a federação”, concluiu.