A 1 de maio de 1994, o mundo do automobilismo entrou em estado de choque. O brasileiro Ayrton Senna, um dos maiores desportistas da história do Brasil morreu após um acidente no Grande Prémio de San Marino.

Senna faria 60 anos neste sábado, mas a sua vida terminou precocemente aos 34. Ainda assim, o seu legado permanece vivo até hoje. O "Rei do Mónaco", que foi tricampeão mundial, será recordado para sempre como um dos maiores pilotos que o Brasil e o mundo já viram.

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O Grande Prémio de São Marino de 1994 marcou para sempre o automobilismo mundial. No culminar de um fim de semana negro (o piloto austríaco Roland Ratzenberger tinha morrido 25 horas antes num acidente nos testes livres), o Mundo assistiu, em direto pela televisão, à saída de pista do Williams-Renault, ao inevitável embate e, por fim, ao célebre capacete amarelo e verde tombado para o lado, imóvel por longos segundos.

Numa fração de segundo acabava-se o percurso de um piloto que disputou 161 grandes prémios (entre 1984 e 1994), dos quais ganhou 41, fez 65 "pole positions", 80 pódios e que liderou em quase 3.000 voltas.

Nenhuma destas marcas é ainda recorde. Michael Schumacher, o homem que acabaria por ganhar o fatídico Grande Prémio de São Marino 1994, em Imola, (causando indignação por celebrar a vitória num pódio ensombrado pela morte de Senna), pulverizou o recorde de vitórias (tem agora 91 triunfos), de "pole positions" (tem 68) e também do número de voltas na liderança (mais de 5.000).

Outros pilotos e outros tempos na Fórmula 1 encarregaram-se de apagar outras marcas de Senna, que mantém o recorde de 19 corridas lideradas de início ao fim (todas as voltas na liderança) ou o recorde de cinco vitórias consecutivas no mítico GP do Mónaco.

O dramático Grande Prémio de São Marino de 1994 marcou uma viragem histórica na Fórmula 1, pois não só obrigou a Federação Internacional do Automóvel (FIA) a alterar de forma radical as regras de segurança, como acabou por ser o momento da sucessão entre Ayrton Senna e o alemão Michael Schumacher, vencedor dessa prova.

Senna disputou 162 grandes prémios desde a sua estreia na Fórmula 1, em 1984 com um Toleman-Hart, e ainda tem vários registos notáveis: é o quinto piloto com mais vitórias (41, a primeira delas no Estoril) e terceiro com mais 'pole positions' (65).