O holandês Max Verstappen (Red Bull) deu hoje à Honda a primeira vitória em 13 anos, ao vencer o Grande Prémio da Áustria de Fórmula 1, impedindo a Mercedes de igualar o recorde mundial de 11 triunfos consecutivos.

A marca foi conseguida pela pela McLaren há 31 anos, com o brasileiro Ayrton Senna e o francês Alain Prost.

A vitória do piloto holandês, que terminou as 71 voltas ao traçado austríaco com o tempo de 1:22.01,822 horas, está, ainda, sob investigação, devido a um toque no Ferrari do monegasco Charles Leclerc na volta 69, durante a ultrapassagem que valeu a vitória, na curva 3.

O piloto da Red Bull acabaria por cruzar a meta com 2,724 segundos de vantagem sobre Leclerc e 18,960 em relação ao finlandês Valtteri Bottas (Mercedes), na primeira vitória de um carro de outra marca que não a Mercedes desde o GP do México de 2018, 11 corridas antes.

Foi o culminar de uma recuperação que fica para a história da disciplina, pois, apesar de sair da segunda posição da grelha, Verstappen falhou o arranque e caiu para oitavo lugar até à terceira curva.

Na frente da corrida, seguia o monegasco Charles Leclerc, que ambicionava tornar-se o mais novo de sempre a vencer pela Ferrari.

A primeira paragem nas boxes ficou marcada por uma falha nos rádios da Ferrari. Quando o alemão Sebastian Vettel entrou nas boxes os pneus ainda não estavam prontos, acabando por perder três segundos e duas posições em pista. Também o britânico Lewis Hamilton foi forçado a trocar a asa dianteira do seu Mercedes, não capitalizando o problema do rival da Ferrari.

Verstappen parou na volta 31, depois dos rivais. "Até essa altura, o ritmo não estava mau, mas, depois disso, voámos", resumiu o holandês, que recuperou 12,9 segundos nas 40 voltas seguintes.

Sobre o incidente com Leclerc, Verstappen defendeu que "foi [uma ação de] corrida", deixando claro: "Se não fosse assim teríamos de ficar em casa".

Visão diferente, tinha o piloto da Ferrari, que pela segunda vez este ano perdeu uma prova que liderou praticamente de fio-a-pavio. "Vou deixar os comissários decidir. Para mim, foi muito evidente. Tocou-me, tive de sair largo, e não tive hipótese de o passar. É uma pena", vincou.

Verstappen deu, assim, a primeira vitória à Honda, que fornece os motores à equipa Red Bull, desde que o britânico Jenson Button triunfou no GP da Hungria de 2006.

Com estes resultados, Verstappen, que somou um ponto extra por ter registado a volta mais rápida da corrida, saltou para o terceiro lugar do campeonato, com 126 pontos, ultrapassando os dois homens da Ferrari, Sebastian Vettel (123) e Charles Leclerc (105).

Lewis Hamilton, que perdeu a quarta posição para Vettel nas derradeiras voltas, mantém a liderança, com 197 pontos, mais 31 do que Bottas.

O GP da Grã-Bretanha será a 10.ª prova da temporada, no dia 14 de julho, em Silverstone.