A medalha de ouro hoje conquistada por Diogo Ribeiro em Doha, nos 50 metros mariposa dos Mundiais aquáticos, é o maior feito da natação portuguesa, a quem faltava uma grande conquista em campeonatos de nível absoluto.

Aos 19 anos, o nadador português foi o único a fazer a prova abaixo dos 23 segundos, sendo cronometrado em 22,97, a sua terceira melhor marca de sempre na distância, para subir um patamar face aos Mundiais anteriores, onde foi segundo.

O atleta luso, recordista mundial júnior dos 50 metros mariposa, está ainda inscrito nos 50 metros livres, 100 metros livres e 100 metros mariposa dos Mundiais de 2024, distâncias em que já tem garantido o apuramento para os Jogos Olímpicos Paris2024 - os 50 metros mariposa não fazem parte do calendário olímpico.

"Não tenho palavras neste momento. O inicio não foi bom mas estou muito feliz por ser campeão do mundo", reagiu o nadador do Benfica, imediatamente após a prova dos 50 metros mariposa.

Diogo Ribeiro foi o segundo mais rápido a sair dos blocos, terminando a prova à frente do norte-americano Michael Andrew (23,07 segundos) e do australiano Cameron McEvoy (23,08).

O quarto lugar foi para outro australiano, Isaac Cooper, o quinto para o trinitário Dylan carter, o sexto para o espanhol Mario Molla, o sétimo para o coreano Inchil Baek e o oitavo para o norte-americano Shaine Casas (23,47).

Esta é a terceira melhor marca de Diogo Ribeiro, depois dos 22,80 obtidos com a prata do Mundial de Fukuoka2023 e dos 22,96 que lhe valeram o ouro no mundial de juniores Lima2022, no que foi o seu primeiro grande sucesso internacional.

Em 2023, em Fukuoka, no Japão, deu a primeira medalha a Portugal em Mundiais de natação, ao ser segundo na final de 50 metros mariposa, tornando-se já este ano o primeiro luso a chegar a duas finais.

Nas primeiras reações ao sucesso de Diogo Ribeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou "mais um feito histórico para a natação nacional".

Uma enorme conquista para Portugal. Parabéns, campeão!", escreveu, por seu lado, o primeiro-ministro, António Costa, na rede X, depois de considerar que o nadador "continua a fazer história com as cores nacionais".

O feito de Diogo Ribeiro acabou por deixar para segundo plano o bom registo de Camila Rebelo, que terminou em 10.º lugar as meias-finais dos 100 metros costas.

A portuguesa, já apurada para Paris2024, registou 1.00,91 minutos, com a melhor marca das meias-finais a ir para a norte-americana Claire Curzan, com 58,73 segundos, e a passagem para a final a encerrar em 1.00,68.

Nos 1.500 metros livres, Tamila Holub não conseguiu apurar-se para a final, ao ser 15.ª nas eliminatórias, em 16.31,64 minutos.

Gabriel Lopes foi 24.º classificado nos 100 metros costas, em 55,08 segundos, enquanto Ana Pinho Rodrigues terminou na 27.ª posição os 100 bruços, com um tempo de 1.09,82 minutos.

Na terça-feira, estarão em eliminatórias dois portugueses, Francisca Martins, nos 200 metros livres, e Francisco Quintas, nos 50 metros bruços.