“Ainda este ano queremos anunciar o destino de atletismo e da natação, mas é um facto que vão sair de dentro do IPC”, afirmou Andrew Parsons, em entrevista à agência Lusa, explicando que estas saídas se inserem na estratégia do organismo, responsável pela organização dos Jogos Paralímpicos.
De acordo com o presidente do IPC, que está na Madeira para acompanhar os Mundiais de natação adaptada, que terminam hoje, o novo estatuto do organismo, aprovado em dezembro passado, mostra que “o movimento paralímpico não quer que o IPC continue a ser federação internacional de nenhuma modalidade”.
“O IPC deve ser a ‘organização chapéu’ dos Jogos, a organização que apoia os países membros, e as várias federações de modalidade, e que lida com a parte dos direitos humanos, percebendo e incentivando o desporto a apoiar a transformação do mundo num espaço mais inclusivo”, afirmou.
Andrew Parsons referiu que a Federação Internacional de Natação (FINA) e a World Athletics (WA) – as organizações que gerem a natação e o atletismo regular – estão entre os candidatos a acolher as modalidades na sua vertente adaptada.
“Em 2008, várias modalidades saíram da alçada do IPC, entre elas o ciclismo, a equitação, o ténis de mesa e o tiro com arco, e estão nas federações convencionais. Em breve, vamos passar para a Federação Internacional de Esqui (FIS) o snowboard, o esqui alpino e o cross-country”, disse, reiterando o empenho do IPC “em trabalhar para que a transição seja suave para países e atletas”.
Segundo Parsons, estão a ser criadas condições para que as 10 modalidades que ainda estão sob a alçada do IPC “saiam para outras organizações até 2026”.
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