O Belenenses sagrou-se hoje campeão nacional de râguebi com um triunfo por 19-18 arrancado na bola de jogo, frente à Agronomia, num lance que premiou a resiliência da equipa para conquistar o nono troféu do seu historial.
O abertura João Freudenthal revelou nervos de ‘aço’ para converter uma penalidade aos 90+7 minutos, recolocando os azuis na frente do marcador após uma longa e paciente posse de bola à espera de um erro dos ‘agrónomos’ que permitisse a derradeira ultrapassagem no marcador.
Autor de 14 dos 19 pontos dos azuis, Freudenthal converteu quatro penalidades (35, 46, 61, 90+7) e o único ensaio do encontro, da autoria de André Cunha (40+8), mesmo em cima do intervalo.
O toque de meta não foi, na altura, suficiente para colocar o Belenenses na frente, uma vez que a agressividade e intensidade impostas pela Agronomia na fase inicial do encontro permitiram aos ‘verde e brancos’ chegar ao intervalo na frente, por 12-10, com penalidades de Domingos Cabral (17, 30) e João Lima (25, 40+3).
Só que o Belenenses aproveitou da melhor forma a quebra da Agronomia perto do descanso e dois cartões amarelos, a António Cortes (37) e Pedro Vicente (40+7), para chegar ao ensaio no escasso período em que tinha mais dois elementos em campo.
No início do segundo tempo, João Freudenthal colocou o Belenenses em vantagem pela primeira vez, com duas penalidades (46, 61), antes de João Lima (65, 78) responder na mesma ‘moeda’ para recolocar os ‘verde e brancos’ na frente, a dois minutos do tempo regulamentar.
Teve, então, início a mais longa posse de bola de todo o encontro, para os ‘azuis’, com a Agronomia a resistir largos minutos sem abrir espaços ou cometer uma falta que permitisse ao adversário alvejar os postes, mas os agrónomos acabaram por ceder e Freudenthal não vacilou.
O triunfo permitiu ao Belenenses somar o nono título de campeão nacional (1959, 1963, 1973, 1975, 2003, 2008, 2018, 2022 e 2024) e igualar o Benfica no terceiro lugar do ‘pódio’ do historial, atrás de CDUL (20) e Direito (12). A Agronomia tem dois títulos (2007 e 2019).
Jogo no Estádio do Restelo, em Lisboa.
Belenenses - Agronomia, 19-18.
Ao intervalo: 10-12.
Sob arbitragem de Francisco Serra, as equipas alinharam:
- Belenenses: António Machado Santos, Guillermo Lawrie, Isileli Otunuku, Rafael Simões, Salvador N. Cunha, André Cunha, David Wallis, Tomás Sequeira, Duarte Azevedo, João Freudenthal, José Paiva dos Santos, Owen Jenkins, Alex Thrupp, Rodrigo Freudenthal e Diogo Rodrigues.
Jogaram ainda: Bernardo Veiga, Miguel Nunes, Manuel Worm, Manuel Lima, Frederico Simões, Salvador C. Cunha, Manuel Meneres e Francisco Galveias.
Ensaios (1): André Cunha (40+8).
Conversões (1): João Freudenthal (40+9).
Penalidades (4): João Freudenthal (35, 46, 61, 90+7).
Treinador: João Mirra
- Agronomia: Mariano Muntaner, Pedro Vicente, Giorgi Turabelidze, José Rebelo de Andrade, Pedro Herédia, Francisco Cabral, Wolf van Djick, Xavier McCorkindale, Nicolas Herreros, Domingos Cabral, António Cortes, João Lima, José Lima, José Cortes e Manuel Cardoso Pinto.
Jogaram ainda: Francisco Domingues, Abraão Ambrósio, António Andrade, António R. Andrade, Vasco Ribeiro, Hugo de Francq, Vasco Leite e José Câmara.
Penalidades (5): Domingos Cabral (17, 30), João Lima (25, 40+3, 65, 78).
Treinador: Kane Hancy
Ação disciplinar: Cartão amarelo para António Cortes (37) e Pedro Vicente (40+7).
Assistência: cerca de 2.500 espectadores.
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