Cinco das oito vítimas mortais do acidente de viação de sexta-feira à noite em Maputo eram atletas de um clube de rugby da província de Inhambane, e dois dirigentes, segundo informação da federação moçambicana da modalidade.
“É com profundo pesar e consternação, que a Federação Moçambicana de Rugby vem a público lamentar o trágico acidente de viação que ceifou a vida de cinco valorosas atletas e de dois dirigentes do Rugby de Inhambane”, lê-se num comunicado da instituição.
Oito pessoas morreram e 12 sofreram ferimentos, entre graves e ligeiros, na noite de sexta-feira, no distrito da Manhiça, província de Maputo, sul de Moçambique, na sequência de um acidente de viação, segundo fontes oficiais.
“Os nossos pensamentos e orações estão com os sobreviventes, que enfrentam caminho de recuperação e superação. Estamos ao lado deles, oferecendo todo o apoio necessário para que possam encontrar conforto e força neste momento tão difícil. O legado dos que partiram permanecerá nos nossos corações e honraremos as suas memórias através do amor e da paixão que sempre dedicaram ao rugby”, acrescenta no comunicado o presidente da federação, Tiago Mendonça.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, manifestou no sábado pesar pela morte de oito pessoas e ferimento de 12 num acidente de viação ocorrido na província de Maputo, lamentando a perda de vidas em “circunstâncias que podem ser evitadas”.
“Neste momento de dor e consternação, quero, em nome do Governo, do povo moçambicano e em meu nome próprio, manifestar total solidariedade às famílias enlutadas e a todas as vítimas deste sinistro”, disse Nyusi, numa mensagem divulgada na sua página da rede social Facebook.
“Quero reafirmar o apelo para a observância das regras de segurança rodoviária, pois não podemos continuar a perder vidas em circunstâncias que podem ser evitadas”, pode ler-se no texto.
O diretor dos Serviços de Saúde do Distrito da Manhiça, Flézer Tomás, disse aos jornalistas que o acidente aconteceu por volta das 23:00 (22:00 em Lisboa), na zona de Tavira, em Maluana, “envolvendo um transporte semicoletivo de passageiros proveniente de Maxixe, que se dirigia à cidade de Maputo, e um outro, e do embate resultaram oito óbitos”.
O porta-voz da Polícia de Trânsito da Província de Maputo, José Novela, apontou o excesso de velocidade por parte de um dos veículos como a causa do sinistro.
“A circunstância é a velocidade excessiva por parte de uma das viaturas, que não deixou a distância necessária, e na tentativa de ultrapassagem, embateu na outra”, afirmou Novela.
Os índices de sinistralidade rodoviária em Moçambique são classificados como dramáticos por várias organizações.
As autoridades têm apontado o excesso de velocidade e condução sob efeito de álcool como as principais causas dos sinistros no país.
O país registou mais de 4.800 mortos em acidentes de viação nos últimos cinco anos, de acordo com dados divulgados em 22 de maio pelo Governo, que apela ao envolvimento da sociedade para travar o flagelo.
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