A África do Sul desistiu de defender o título no Rugby Championship deste ano, devido à pandemia de covid-19, anunciou hoje o presidente da federação de râguebi daquele país, Jurie Roux.
A desistência dos campeões em título foi justificada com a preocupação com a integridade física dos jogadores e as incertezas em relação às restrições de viagens durante a pandemia, que afetam não só os jogadores que jogam na África do Sul, como também na Europa e no Japão.
“Tendo o tempo [para tomar uma decisão] esgotado, não tivemos outra opção. É um desfecho extremamente desapontante para os adeptos e para os nossos parceiros comerciais, mas os impactos decorrentes da pandemia significam que não conseguimos apresentar uma equipa ‘springbok’ sem comprometer seriamente a integridade física dos jogadores”, justificou Jurie Roux.
Os jogadores que alinham nas competições internas sul-africanas deviam viajar para a Austrália no domingo e disputar o seu primeiro jogo em 07 de novembro, frente à Argentina, mais de um ano após o último desafio oficial dos ‘springboks’.
A Currie Cup, competição de províncias da África do Sul, começou apenas na semana passada, devido aos atrasos provocados pelo novo coronavírus, deixando a maioria dos jogadores sul-africanos com muito pouca competição oficial antes do início do Rugby Championship.
Os jogadores que alinham na liga japonesa não disputam qualquer partida oficial há mais de seis meses, enquanto os que integram equipas europeias poderiam não estar disponíveis devido às restrições de viagens colocadas pela pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A desistência dos campeões do mundo deixa o torneio reduzido a três nações pela primeira vez desde 2011, um ano antes de a Argentina se juntar aos ‘springboks’, Nova Zelândia e Austrália e o então Torneio das Três Nações ganhar a designação de Rugby Championship.
Ainda assim, a SANZAAR (confederação de râguebi do hemisfério sul) decidiu manter a realização da competição que este ano concentra todos os jogos na Austrália, de forma a evitar as viagens intercontinentais em plena pandemia de covid-19.
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