Os jogadores da seleção portuguesa de râguebi estão “mais motivados do que nunca” para vencer a final do Rugby Europe Championship 2023 (REC24), disse hoje o capitão Tomás Appleton, apesar de reconhecer que “a Geórgia é favorita”.
“Isto é uma final e sabemos que temos de vingar a final do ano passado. Não nos correu bem o jogo contra a Geórgia, em Badajoz, mas este ano volta a repetir-se esta final e vamos mais motivados do que nunca”, disse Tomás Appleton à agência Lusa, em Paris, momentos antes do ‘Captain’s Run’.
Appleton reconheceu, no entanto, que “o grupo é novo” em comparação com aquele que, há um ano, perdeu a decisão por 38-11, mas lembrou que “muita coisa mudou” e “houve até um Mundial pelo meio”.
“Vamos [jogar] motivados e tentar fazer história para o râguebi português e ir buscar um título que não conseguimos desde 2004”, apontou.
E mais do que pelo facto de ser uma final, até na “pressão acrescida” para os georgianos, os portugueses encontram motivação para vencer um adversário que “vem com o orgulho ferido” pelo empate (18-18) entre as duas seleções, no França2023, um Mundial onde “eles tinham muita expectativa”.
“Tanto os adeptos deles como até mesmo a World Rugby vão ter algumas expectativas neste jogo e a pressão vai estar no lado deles. E não acredito que isso seja uma vantagem que esteja do lado da Geórgia. É uma coisa que vamos encarar com naturalidade e até alguma motivação”, comentou o centro português, que frente aos ‘lelos’ vai jogar como médio de abertura.
Ainda assim, acrescentou, “não há outra forma de dizer isso”, que “a Geórgia é favorita” para vencer a final, uma vez que “está à frente no ranking e ganhou nove das últimas 10 edições” do ‘Championship’, além de não perder com Portugal desde 2005.
“Mas, mais uma vez, tal como fizemos no Mundial [18-18] e em Tbilissi [25-25], temos uma palavra a dizer e quando chegamos a uma final destas vamos ter de fazer o nosso melhor para finalmente matarmos este ‘borrego’”, concluiu Tomás Appleton.
Portugal defronta a Geórgia no domingo, em Paris, em encontro da final do REC24 com início previsto para as 20:00 (hora de Lisboa), no Estádio Jean Bouin, e arbitragem do francês Tual Trainini.
Portugal vai jogar, de 1 a 15, com António Machado Santos, Luka Begic, Abel da Cunha, José Madeira, Martim Bello, David Wallis, Nicolas Martins e João Granate, Hugo Camacho e Tomás Appleton, Manuel Cardoso Pinto, José Lima, Pedro Bettencourt, Raffaele Storti e Nuno Sousa Guedes.
No banco estarão Manuel Worm, Pedro Vicente, António Prim, Diego Pinheiro Ruiz, Vasco Baptista, Hugo Aubry, Lucas Martins e Rodrigo Marta.
Para alcançar a final, a seleção portuguesa eliminou a Espanha nas meias-finais, com um triunfo por 33-30, em Lisboa, mas antes venceu o Grupo B do REC24, com uma derrota por 10-6, na Bélgica, uma vitória por 54-7 sobre a Polónia, em casa, e num novo triunfo sobre a Roménia, por 49-24, em Bucareste.
Já a Geórgia, que superou a Roménia (43-5) nas meias-finais, venceu o Grupo, A com triunfos na Alemanha (28-17), frente aos Países Baixos (31-10) e à Espanha (38-3).
As duas seleções enfrentaram-se pela última vez em setembro, no Grupo C do Mundial França2023, e empataram 18-18, mas Portugal não vence os ‘lelos’ desde 2005.
O Rugby Europe Championship é o principal torneio europeu de seleções, com exceção do torneio das Seis Nações, que é uma competição privada.
O antigo torneio das 'Seis Nações B', disputado por oito seleções desde 2023, disputa-se anualmente e é considerado o Campeonato da Europa da modalidade.
Portugal venceu o torneio em 2004 e sagrou-se vice-campeão no ano passado, após perder a final, em Badajoz, frente à Geórgia (38-11), seleção que domina o historial da competição com 15 títulos em 21 edições.
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