O Técnico exortou hoje a Federação Portuguesa de Râguebi (FPR) a revogar as penalizações aplicadas ao clube pela alegada utilização irregular de jogadores num encontro do campeonato 2021/22, que o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) considerou “improcedentes”.
Na sequência de um protesto do CDUL, a FPR puniu os ‘engenheiros’ com a desclassificação e despromoção ao terceiro e último escalão competitivo nacional, mas o TAD decidiu, lembram os ‘engenheiros’, “julgar improcedente tal protesto, bem como todas as ações e decisões dos órgãos da FPR daí decorrentes”.
“É dever dessa direção formalizar a execução de todas as diretivas referidas no acórdão, nomeadamente a homologação do resultado desse jogo e também a revogação das ações, decisões e penalizações que daí derivaram”, escreveu o clube das Olaias numa “carta pública” dirigida aos órgãos sociais da federação.
Na missiva, os ‘engenheiros’ recordam ainda que um eventual recurso da decisão do TAD “não é prática corrente em casos idênticos com outras federações” e frisam que tal procedimento “é totalmente oposto aos valores e ética” da modalidade.
“Temos a convicção de que todo o râguebi nacional lamentaria profundamente que o campeão nacional [em 2020/21], uma vez confirmada pelo acórdão do TAD a justeza dos seus procedimentos, não participasse de imediato na Divisão de Honra na próxima época”, conclui a direção do Técnico, que assina a carta.
Em 20 de abril, o Conselho de Disciplina da FPR considerou procedente um protesto do CDUL que alegava que o Técnico tinha utilizado nove jogadores de forma irregular no encontro entre as duas equipas, em 23 de março, infringindo o artigo 37.º, n.º 1 a) do Regulamento de Disciplina.
Dez dias depois, em 30 de abril, a direção da FPR decidiu aplicar a decisão do CD, após receber um recurso do Técnico, desclassificando os campeões nacionais e despromovendo-os ao último escalão competitivo português.
O Técnico recorreu, então, para o Conselho de Justiça da FPR, que, em 06 de maio, considerou improcedente o recurso, num despacho em que revelava, ainda, que os 'engenheiros' teriam já recorrido da decisão também junto do TAD.
Em 18 de agosto, de acordo com informação avançada pelo Técnico, o TAD anulou as decisões da direção da FPR e do seu Conselho de Disciplina, mas o organismo que superintende a modalidade em Portugal anunciou, no mesmo dia, que "deverá recorrer" para as instâncias superiores.
O Técnico é um dos clubes históricos do râguebi português, tendo sido fundado em 1963.
Com sede nas Olaias, os 'engenheiros' somam, a nível sénior, três títulos de campeões nacionais (1981, 1998 e 2021), quatro Taças de Portugal (1969, 1971, 1973 e 1994) e uma Supertaça (1994).
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