Os surfistas brasileiros Gabriel Medina e Filipe Toledo consideram que o título mundial só ficará decidido no Havai, enquanto o australiano Julian Wilson quer dar continuidade ao bom momento em Peniche, na 10.ª e penúltima etapa do circuito.
A prestação de Medina na etapa anterior, em França, colocou-o a liderar o circuito, com o compatriota Filipe Toledo a aparecer em segundo na hierarquia. O australiano Julian Wilson consolidou o lugar mais baixo do pódio, após a vitória em águas gaulesas.
“No ano [2014] em que fui campeão passei por essa situação de poder ganhar o título aqui [em Peniche] e acabou no Havai. Estou feliz por liderar o ‘ranking’ e trabalhei muito para estar nesta posição”, começou por referir Gabriel Medina, acrescentado: “Ainda muita coisa vai acontecer. Agora é concentrar-me, focar-me no meu trabalho e ser frio.”
Após a conferência de imprensa de apresentação da etapa portuguesa, cujo período de espera decorre entre terça-feira e 27 de outubro, na praia de Supertubos, Medina prometeu ainda espetáculo e boas manobras para o público português.
“Portugal tem uma onda boa, perto da areia, muito forte e dá para fazer tubos e aéreos. É uma onda divertida e espero fazer o meu melhor”, afirmou o campeão em título de Peniche.
O compatriota Filipe Toledo, que também já triunfou em Portugal no ano de 2015, colocou-se ao lado Medina, reforçando a mensagem de que no Billabong Pipe Masters, no Havai, é que haverá campeão mundial.
“Vai tudo para o Havai. Os que estão na luta são todos muito fortes e temos potencial. Qualquer um pode vencer, mas um bom resultado aqui vai ser muito importante”, argumentou.
Por fim, Julian Wilson, outro campeão em Peniche, em 2012, vem de uma vitória moralizadora, que o fez se aproximar dos brasileiros. Erguer novo troféu é a ambição do australiano.
“Estou realmente muito entusiasmado. Eu venho certamente para vencer e quero fazer uma performance como em França. É mais uma grande oportunidade”, concluiu.
Medina, o primeiro brasileiro a sagrar-se campeão do mundo, em 2014, soma 51.770 pontos, mais 320 do que Toledo, que tem como melhor desempenho o quarto lugar em 2015, e mais 4.645 do que Wilson, terceiro do circuito no ano passado.
A partir de terça-feira, Peniche recebe a elite do surf mundial pela 10.ª vez consecutiva, depois da estreia, em 2009, com a organização do Rip Curl Search.
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