Os portugueses Frederico Morais e Vasco Ribeiro são dois dos surfistas que vão competir no circuito mundial de qualificação de surf de Santa Cruz, que começa segunda-feira em Torres Vedras.

Além dos dois portugueses que procuram subir ao WCT (circuito mundial), também se destacam as presenças do brasileiro Lucas Silveira, do americano Nat Young e do australiano Ethan Ewing.

O Pro Santa Cruz, que foi hoje apresentado em conferência de imprensa, realiza-se entre os dias 08 e 13 e traz quase centena e meia de surfistas de todos o mundo a Santa Cruz, distrito de Lisboa.

“Vamos ter condições [de mar] difíceis, mas temos a nosso favor o facto de competirmos em casa e virmos a Santa Cruz treinar várias vezes e as expectativas são boas”, afirmou Vasco Ribeiro, que participa na prova para amealhar pontos para se qualificar para o WCT.

“Tenho estado a trabalhar e ir a todas as provas para conseguir esse objetivo em 2020”, acrescentou.

Para Lucas Silveira, o objetivo é também o WCT e esta “é mais uma oportunidade para dar tudo para alcançar esse objetivo”.

O surfista brasileiro confessou que está a passar mais tempo em Portugal do que no Brasil e, por residir na Ericeira, concelho de Mafra, se desloca com frequência a Santa Cruz, onde por vezes “passa o dia inteiro na água sem ninguém”, elogiando a qualidade das ondas.

Além de Frederico Morais e Vasco Ribeiro, também estão inscritos os portugueses Francisco Carrasco, Francisco Almeida, Tomás Fernandes, Henrique Pyrrait, Nic Von Rupp, Frederico Magalhães, Pedro Henrique, Luís Perloiro, Miguel Blanco, Gonçalo Vieira, Jacome Correia, Pedro Coelho, Eduardo Fernandes, Diogo Martins e Guilherme Soares, os dois últimos entram como convidados (‘wild card’).

Guilherme Fonseca, da Lourinhã, afirmou que ficou “muito contente” com o convite, apesar de admitir que a finalidade para este ano é correr o mundo a surfar e preparar-se para “atacar no próximo ano o WQS”, o circuito mundial de qualificação.

Diogo Martins, descendente de torrienses, costuma vir surfar a Santa Cruz para “fugir do caos das praias da zona de Lisboa”, onde mora, e “não estava à espera” de receber o ‘wild card’.

Ainda assim, vai aproveitar a oportunidade para “ganhar experiência e somar pontos para fazer campeonatos mais importantes”.

O Pro Santa Cruz e o Pro Caparica, que se realiza logo a seguir, entre os dias 11 e 20, são as únicas duas provas nacionais de três mil pontos que a Federação Mundial de Surf decidiu este ano organizar no mesmo mês.

“Alterar a data tem a vantagem para os surfistas de fazer duas provas na mesma viagem e, mesmo que sejam eliminados, permanecer no país e ir surfar a vários locais, e uma vantagem para as regiões”, explicou Francisco Spínola, representante da federação.

O presidente da câmara de Torres Vedras, Carlos Bernardes, garantiu que o município vai apoiar até 2021, até ao final do atual mandato autárquico a prova em Santa Cruz para, à semelhança dos últimos quatro anos, continuar a “consolidar Santa Cruz enquanto destino de surf e dar a conhecer” a região.