
Inspirados pela magia de uma prancha e rendidos às evidências de um ditado popular, Francisca Veselko (Lombos) e Luís Perloiro (Sporting) saíram da praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, vestidos com a licra amarela Go Chill depois de triunfarem no Allianz Figueira Pro, 1.ª etapa da Liga MEO Surf 2025, circuito que apura os campeões nacionais.
Kika Veselko (14,75 pontos, em 20 possíveis), vice-campeã nacional, volta a vencer na Figueira (2022) e repete, na direita do Cabedelo, o triunfo numa final contra Teresa Bonvalot (12,25 pts), campeã em título, naquela que foi quarta bateria decisiva entre as duas surfistas que têm dominado a Liga MEO desde 2020.
Na praia onde “Teresinha”, pentacampeã nacional, alcançou a primeira nota 10 e já venceu em quatro ocasiões, a última das quais em 2024, Kika Veselko, dois títulos nacionais, dominou a etapa ao nível das estatísticas.
Somou o top-3 dos melhores scores combinados, entre o 16,25 pontos e 14,35 pts e foi premiada com as duas melhores ondas (8,75 e 8,50), notas de excelência, três em cinco e colocou seis ondas no top-10 das mais pontuadas.
“Já não visto a licra a amarela há bastante tempo e é sempre bom ter a licra com o teu nome”, disparou, em declarações à Sport TV, a surfista de Carcavelos que terminou na liderança a edição 2023 da 1ª divisão do surf português, competição organizada pela Associação Nacional de Surfistas.
“É a minha segunda vitória na Figueira, é a minha etapa preferida e encaixa bem no surf para a direita, como gosto. E surfei com a minha prancha mágica com que venci em Marrocos (etapa do Qualifying Series, circuito regional de qualificação da Liga Mundial de Surf)”, relembrou.
À terceira é de vez
Na competição masculina, na terceira final da carreira, Luís Perloiro sobe ao mais alto lugar do pódio numa etapa do circuito nacional de surf.
Perloiro totalizou um score combinado de 16,50 pontos (9,50+7,00) e bateu Francisco Ordonhas (14,35), campeão europeu júnior e 9.º classificado no mundial júnior WSL.
Além da licra amarela, “Lula” leva da Figueira a melhor onda da etapa (9,50 pts) alcançada na final.
"É um cliché, mas à terceira é de vez (2019 e 2020)”, sorriu Luís Perloiro. “Nunca tinha ganho uma etapa Open, tinha ganho nos sub-18 e não sei como reagir. É uma sensação incrível voltar a voltar a ganhar (uma etapa), a última tinha sido há cerca de 10 anos", realçou o surfista de 26 anos.
Numa fase da vida em que "encontrei mais amor pelo surf", Luís Perloiro deixou agradecimentos “aos pais, família e à minha namorada, Maria”, disse, feliz.
"Tenho a licra amarela e algo para defender, mas vou tentar abstrair-me disso.
Gosto de competir, mas acima de tudo gosto de surfar e se for para a água procurar o prazer (de surfar), a pressão de ganhar ou não, é irrelevante. É isso que procuro, fazer boas ondas acima dos resultados", confessou.
Frederico Morais, de regresso à competição após a lesão e operação ao tornozelo em dezembro passado, meteu o pé na Liga MEO numa só bateria. Tomás Fernandes, vencedor da etapa no ano passado e Guilherme Ribeiro, campeão nacional em título ficaram ronda 3.
Antes da final feminina, a organização homenageou Abílio Pinto, conceituado surfista nacional e shaper, falecido esta semana vítima de cancro.
A Liga MEO Surf segue para o Porto e Matosinhos, de 25 a 27 de abril.
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