A seleção portuguesa de surf vai entrar em ação no Mundial da ISA, que começa sábado, em Porto Rico, com a ambição de colocar mais atletas em Paris2024, além de Teresa Bonvalot, revelou João Aranha, presidente da federação.
"O que queremos mesmo é colocar mais atletas nos Jogos Olímpicos. A Teresa Bonvalot já está qualificada e queremos tentar igualar o número de elementos da equipa de Tóquio2020. O objetivo é, pelo menos, obter um resultado semelhante. Se possível, melhor", afirmou o presidente da Federação Portuguesa de Surf (FPS), em declarações à Lusa.
Nos últimos Jogos, a equipa nacional conseguiu apurar três atletas, duas no quadro feminino, Teresa Bonvalot (nona classificada) e Yolanda Hopkins (quinta), e um no masculino, Frederico Morais, que não participou por ter contraído covid-19 na altura da competição.
Agora, além deste trio, nas praias de La Marginal e Margara, em Arecibo, vão também a jogo Kika Veselko, Guilherme Ribeiro e Guilherme Fonseca.
"Temos uma equipa completa, com muita qualidade. Todos são atletas com muito bom surf. E isso permite ter confiança nos resultados. Por outro lado, temos seis vagas para homens e oito vagas para mulheres disponíveis neste campeonato, o que nos possibilita obter um resultado muito interessante", destacou João Aranha, focado nos resultados individuais e coletivos.
Segundo o responsável, o sucesso de Portugal na modalidade nos últimos anos deve-se a vários fatores, sobretudo, no que toca ao talento, à experiência e às condições naturais para a prática de surf.
"Os talentos aparecem com muita frequência. Já estamos na terceira geração de surfistas. E já começamos a ter muitos bons surfistas disponíveis. Ainda não estamos na maturidade do desporto no nosso país, ainda falta muito, mas já trabalhamos há muitos anos e temos evoluído muito. Isso vê-se nos resultados que temos obtido", vincou o dirigente à Lusa.
Os Jogos Mundiais de Surf da ISA (Associação Internacional de Surf) vão decorrer entre sábado e 03 de março em Porto Rico, oferecendo seis vagas no quadro masculino e oito no feminino, e duas vagas extra para as seleções que conquistarem o ouro em ambas as provas.
Questionado sobre as condições esperadas para o mar, face às previsões atualmente disponíveis, João Aranha, mostrou-se confiante no potencial das ondas que estão em vista para a competição.
"Estão a chegar boas ondas. Estes primeiros dias em que cá estamos não têm sido bons, houve muito poucas ondas. Mas esperamos que, quando começar a competição, que é no sábado, existam melhores condições. E tudo indica que assim vão continuar durante a semana. O cenário está pronto para termos um bom desempenho", antecipou.
De resto, o presidente da FPS elogiou a qualidade das ondas em Porto Rico, tal como a dos atletas lusos, com Frederico Morais, que compete no circuito principal da Liga Mundial de Surf (WSL), já integrado na comitiva, depois de ter disputado as duas primeiras etapas do ano no Havai (Estados Unidos), e antes de 'atacar' o campeonato da elite na Praia de Supertubos, em Peniche (06 a 16 de março).
"O 'Kikas' já está a treinar com a equipa e, tal como todos, está a mostrar um ótimo nível e quer ganhar uma vaga [para Paris2024]. Vai ser uma campanha muito interessante. Estamos todos muito motivados. Coisas boas daqui virão", lançou o responsável.
Comentários