O tenista sérvio Novak Djokovic manifestou-se hoje “feliz” com o seu regresso à competição, consumado com triunfo sobre o italiano Lorenzo Musetti no ATP 500 do Dubai.

“É uma vitória em dois sets seguidos: devo estar feliz com o meu ténis, especialmente depois de quase três meses sem jogar”, disse, após bater o transalpino, número 58 do ranking ATP, por 6-3 e 6-3, após um hora e 15 minutos de jogo.

O líder do ranking mundial recordou que “passou muito tempo” desde o seu último jogo, em 03 de dezembro, para a Taça Davis, e que “não poderia ter escolhido um lugar melhor para começar a época”, depois de ter sido muito aplaudido pelos fãs.

Na próxima ronda, Djokovic vai defrontar o vencedor do encontro entre o russo Karen Khachanov e o australiano Alex de Minaur.

Por não estar vacinado contra a covid-19, Djokovic foi forçado a deixar a Austrália em 16 de janeiro, depois de uma mediática batalha jurídica e política, não podendo defender o seu título do Grand Slam na primeira prova do ano.

O tenista de 34 anos justificou a sua chegada à Austrália sem estar vacinado, contrariando as regras do país, com o facto de ter estado infetado em dezembro.

O torneio que o sérvio venceu por nove vezes acabaria ganho pelo seu rival espanhol Rafael Nadal, que assim se isolou como o mais bem-sucedido de sempre, com 21 títulos no Grand Slam, mais um do que Djokovic e do que o suíço Roger Federer.

Depois de um longo silêncio, o tenista disse na semana passada que não era anti-vacinas, mas que desejava controlar o que injeta no seu corpo.

Face à ausência competitiva, Novak Djokovic perderá a liderança do ranking mundial caso o russo Daniil Medvedv ganhe o torneio de Acapulco, que decorre também nesta altura.

“Ele está muito próximo e mais tarde ou mais cedo, penso que vai ultrapassar-me. E merece-o. Se conseguir fazê-lo esta semana, serei o primeiro a felicitá-lo. Está nas suas mãos”, disse Djokovic, no domingo, sobre o vice-campeão no Open da Austrália.