Em conferência de imprensa, o diretor do mais conceituado torneio de ténis em Portugal, João Lagos, anunciou que o projeto de construção de um complexo multiusos, para receber em definitivo o Estoril Open, está ainda a ser negociado com o Governo que, até ao final deste mês, deverá autorizar o arranque da obra.
«Só nos falta a autorização da secretaria de Estado do Desporto e do IDP [Instituto Português do Desporto e Juventude] que deverá ser dada até ao final de maio, porque as negociações estão correr muito bem e estou muito otimista», afirmou João Lagos aos jornalistas, à margem da 23.ª edição do Estoril Open, a decorrer no Jamor.
O projeto, que deverá custar cerca de 50 milhões de euros, poderá começar a ser construído dentro de cinco meses, uma vez que João Lagos precisa ainda de «correr atrás do ‘caroço’», ou seja, negociar com investidores para que, em 2015, o novo complexo esteja já a funcionar.
«Mal tenha a licença, que aguardo nos próximos dias, preciso de quatro ou cinco meses para ter o investimento garantido e a partir daí a obra poderá arrancar e deverá estar pronta em dois anos", estimou João Lagos. O principal investidor e o único já garantido, a Câmara de Oeiras, irá participar com cinco milhões de euros.
Sobre o projeto, o vice-presidente da autarquia de Oeiras, Paulo Vistas, disse ser uma "ambição antiga" da câmara, apelando ao Governo para que "de uma vez por todas" dê uma palavra definitiva favorável para o arranque da obra.
Dois estádios polivalentes, um com 10.000 lugares e outro com 5.000, ambos com teto amovível, são as principais características das futuras instalações que, assim, poderão escapar à chuva que hoje, por exemplo, no terceiro dia da 23.ª edição do Estoril Open, já implicou alterações ao programa.
A construção do novo complexo irá implicar ainda a mudança de terrenos afetos ao râguebi, não existindo qualquer inconveniente por parte da Federação Portuguesa responsável por aquela modalidade.
Um outro projeto, o de construir uma Casa das Seleções junto ao Estádio Nacional, previsto pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não irá interferir, assegurou Paulo Vistas, defendendo a criação de sinergias entre promotores.
«Não irá interferir nem com a Casa das Seleções, nem com o râguebi. Queremos transformar o Jamor numa aldeia olímpica, que possa receber todas as modalidades desportivas e que vai receber ainda uma academia de ténis internacional e uma escola de formação», acrescentou João Lagos.
O diretor do Estoril Open disse ainda que o projeto vai permitir elevar o nível deste torneio português de ténis, pretendendo igualar o modelo dos "grand slams", com quadros de juniores e veteranos.
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