O presidente da Associação dos Jogadores de Ténis de Portugal (AJTP), Rui Machado, lamentou esta terça-feira o possível fim do Portugal Open, que considerou uma das mais importantes competições desportivas nacionais.

“A acontecer, é uma pena não só para o ténis, mas também o desporto português em geral, porque pode perder-se uma das mais importantes competições nacionais”, afirmou Rui Machado, em declarações à agência Lusa.

João Lagos, o promotor das 25 edições da competição, anunciou hoje que vai deixar de organizar o torneio, cuja edição de 2015 estava prevista para o período de 27 de abril a 03 de maio.

“É uma notícia de que não estávamos à espera, tínhamos conhecimento do fim do torneio feminino, mas que o masculino, que era o mais forte, manter-se-ia. Foi uma surpresa negativa o facto de o João Lagos ter perdido a semana, perdido o torneio, ao que sei por não ter conseguido cumprir os compromissos financeiros para com a organização”, referiu Rui Machado.

O tenista e dirigente de AJTP reconheceu tratar-se de uma “notícia triste”, mas realçou a esperança de que “o torneio possa continuar, mesmo não sendo organizado por João Lagos”.

“A semana vai estar disponível, portanto algum torneio vai ser jogado. Se não for em Portugal, vai ser noutro lado. É uma pena porque João Lagos tem sido a pessoa que mais tem divulgado e desenvolvido o ténis em Portugal, sobretudo na organização de um dos melhores eventos desportivos nacionais”, sublinhou.

Rui Machado admite que a divulgação e promoção da modalidade podem ficar dificultadas com a inexistência de uma competição do circuito ATP.

“Era uma semana em que toda a gente via e falava de ténis, era talvez a única semana em que o ténis era a modalidade principal dos portugueses. Era uma semana de promoção do ténis e agora as associações e a federação, que são responsáveis pela dinamização da modalidade, vão ter de ser mais audazes na promoção, para compensar tudo o que era feito numa só semana. Há muitos anos que se dava essa semana como garantida, agora os responsáveis vão ter de pôr mãos à obra para atenuar isso”, rematou.