“Reconhecemos que cada organização teve que lidar com circunstâncias únicas que afetam as suas decisões. Com base nas nossas próprias circunstâncias, a USTA permitirá que todos os jogadores elegíveis, independentemente da nacionalidade, compitam no US Open de 2022”, resumiu a Federação de Ténis dos Estados Unidos.

Esta decisão vai permitir que jogadores como os russos Daniil Medvedev, líder do ‘ranking’ ATP, Andrey Rublev, oitavo, ou Karen Khachanov (23.º) possam competir de 29 de agosto a 11 de setembro, tal como o bielorrusso Ilya Ivashka (n.º 42).

Do lado feminino, ‘via verde’ para as bielorrussas Aryna Sabalenka (número cinco do ‘ranking’ WTA) e Victoria Azarenka (19.ª), bem como a russa Daria Kasatkina (12.ª), entre outras.

“Já condenámos e continuamos a condenar a invasão não provocada e injusta da Ucrânia pela Rússia”, recorda a USTA, que deseja trabalhar com a ATP e a WTA no sentido de promover o esforço humanitário do programa “Tennis Plays for Peace”.

A USTA promete ainda apresentar “um conjunto amplo e abrangente de iniciativas para ampliar os esforços humanitários ucranianos existentes, incluindo o compromisso de apoio financeiro significativo”, cujos detalhes irá anunciar “em breve”.

Em 20 de abril, o All England Club assumiu a indisponibilidade para receber tenistas russos e bielorrussos no torneio de Wimbledon, um dos quatro ‘Grand Slams’, e que começa em 27 de junho, justificando-o com as “ações ilegais” da Rússia na invasão da Ucrânia e com as diretrizes recebidas do próprio governo britânico especificamente em relação a eventos desportivos.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que já matou mais de 4.300 civis e obrigou à fuga para o estrangeiro mais de 7,2 milhões pessoas, segundo dados da ONU, que sublinha que os números reais podem ser muito superiores.