João Sousa é o único tenista português presente no US Open, último torneio do 'Grand Slam' da temporada de ténis, que arranca na segunda-feira em Nova Iorque, e o treinador Frederico Marques espera um regresso às vitórias.

O número um nacional e 67.º ATP não vence qualquer encontro desde os quartos de final do ATP 250 de Antalya, em junho, tendo caído à primeira em Wimbledon, nos ATP 250 de Umag e Gstaad e ainda nos Masters 1.000 de Toronto e Cincinnati.

"É um facto que estamos numa dinâmica de poucas vitórias, mas, em termos de nível de jogo, estamos a melhorar dia após dia", começa por afirmar à agência Lusa o técnico português, confessando ainda assim estar "positivo e com vontade que chegue o dia de competição para o João poder entrar na senda de vitórias mais uma vez".

Para que tal suceda, o minhoto de 29 anos terá de eliminar na estreia um 'qualifier', que, embora tenha um 'ranking' inferior, lembra Frederico Marques, "tem mais rodagem" no torneio.

"Um jogador que passou três eliminatórias e jogou nos 'courts' de competição é sempre perigoso", explica, defendendo, contudo, que João Sousa "é um jogador muito perigoso quando entra no ritmo do torneio".

O historial do vimaranense em sete participações no US Open regista duas presenças na terceira ronda do quadro principal, em 2013, quando perdeu frente ao então número um mundial, o sérvio Novak Djokovic, no Arthur Ashe Stadium (o maior 'court' de ténis do mundo), e em 2016, antes de ceder diante do búlgaro Grigor Dimitrov.

Ainda com a derrota precoce de Sousa no ano passado, na primeira ronda frente ao veterano italiano Paolo Lorenzi em quatro partidas, bem presente na memória e, atendendo à fase menos fulgurante que está a atravessar, Frederico Marques mostra-se cauteloso.

"Em termos de resultados, neste momento, estamos a pensar ronda a ronda. E o próximo encontro é sempre o mais importante. Estamos focados na estreia e continuar a melhorar o nosso nível de jogo", defende o treinador que conduziu no último mês de maio o número um nacional à conquista do Estoril Open, o terceiro título ATP da carreira, após Kuala Lumpur (2013) e Valência (2015).

Para o último 'major' da temporada, dotado de cerca de 34 milhões de euros em prémios, Sousa chamou novamente o fisioterapeuta italiano Max Tosello, à semelhança do sucedido no Clube de Ténis do Estoril, para se juntar à equipa técnica liderada por Frederico Marques.

"A preparação está a correr de maneira tranquila. Estamos a fazer treinos bidiários de ténis e a realizar ao final do dia um treino físico. Temos feito ainda um misto de treinos técnicos comigo e de competição com outros atletas. Já precisávamos há algum tempo de treinar de forma tranquila como está a acontecer esta semana em Nova Iorque", completou Frederico Marques.