A dupla de velejadores Diogo Costa/Carolina João assumiu hoje que apurar para Paris2024 já nos mundiais de Haia, de sexta-feira a 20 de agosto, seria algo “de outro Mundo”, uma vez que o êxito está pensado para momento mais tardio.

“Se nos qualificarmos agora era uma coisa do outro mundo. Não é, mas seria uma coisa muito boa. Se há dois anos nos dissessem que isso iria acontecer, nós dizíamos não“, ilustrou Diogo Costa.

Em declarações à Lusa, o atleta que já foi olímpico em Tóquio2020, tal como Carolina João, embora em classes diferentes, recordou que a colega está em período de adaptação, já que no Japão competiu em laser radial.

Ainda assim, e face ao trabalho que têm desenvolvido, defende que preservar a “consistência” de desempenhos deste ano bastará para conseguir uma das oito vagas em disputa.

“Não começámos a campanha a apontar para qualificar agora, mas no próximo campeonato, na próxima oportunidade, em março. No entanto, pelos resultados deste ano, das regatas que fizemos, qualificaríamos. Estamos a apontar como objetivo simplesmente manter a consistência que temos tido. Regata a regata, com o nível que temos demonstrado este ano, acreditamos que isso vai ser suficiente”, reforçou.

Diogo Costa destacou o foco total no êxito rumo a Paris2024, facto que, inclusivamente, os motivou a renunciar a participar no recente evento teste para os Jogos Olímpicos para treinar mais tempo em Haia.

“O que fizemos este ano já mostrou a nossa qualidade. Se correr bem e conseguirmos apurar, perfeito, podemos fazer um inverno a focar-nos em outros objetivos, mais em Marselha. Se não nos qualificarmos, é trabalhar como o temos feito. Vimos o ano inteiro que estava a funcionar bem”, vincou.

Diogo e Carolina juntaram-se neste ciclo olímpico quando a classe 470 passou a ser mista, já que em Tóquio2020 Diogo fez equipa com o irmão Pedro, terminando na 15.ª posição: Carolina João, que está em fase de adaptação, foi 34.ª em Laser Radial.

O melhor desempenho foi, ainda assim, da dupla Jorge Lima/José Costa, que terminou o 49er em sétimo, com direito a diploma olímpico.