Os velejadores Diogo Costa e Carolina João manifestaram-se hoje algo desapontados com o seu desempenho na ‘medal race’ dos Mundiais de Haia, embora “extremamente felizes” pelo apuramento para Paris2024 garantido na quarta-feira.

“O princípio foi muito bom, a primeira bolina ótima, andámos bem, mas depois ficámos um bocado bloqueados com o alemão e posteriormente fizemos dois, três erros seguidos que nos colocaram muito rapidamente no fim da frota. Era uma regata na qual nada tínhamos a perder. Foi giro enquanto estivemos na frente… e uma aprendizagem”, disse Diogo Costa, em declarações à Lusa.

Com o 10.º lugar na derradeira regata, terminaram os mundiais igualmente em 10.º, com 116 pontos. Os japoneses Keyju Okada e Miho Yoshioka foram campeões, com 50, seguidos dos espanhóis Jordi Hernández e Nora Cabot, com 86, e dos também nipónicos Tetsuya Isozaki e Yurie Seki, com 91.

“Estamos extremamente contentes. Trabalhámos bastante este ano, com muitas horas de mar. Fomos das equipas que mais trabalhou. Qualificar agora seria difícil, mas não impossível, pois temos feito bons campeonatos. Conseguimo-lo e estamos muito felizes”, disse Carolina João.

Já a poder virar o foco para Paris2024 – a vaga é de Portugal, contudo não há tripulação de 470 em Portugal preparada para destronar esta dupla –, a ideia é apontar para classificações mais próximas do pódio.

“Vamos trabalhar no duro para dar o nosso melhor em Paris2024. É bom estar no top 10 do mundo, mas temos de continuar com a consistência e lutar pelos lugares mais cimeiros”, acrescentou a velejadora.

Diogo realça a “equipa espetacular” que forma dentro do barco com Carolina, recordando que a sua colega começou no 470 há menos de dois anos e que ele próprio tem “muito a aprender” sobre o barco.

“Temos ainda muita experiência para ganhar, como equipa e individualmente”, frisou.

Os dois agradeceram ao treinador, o espanhol Aaron Sarmiento, com quem passaram “mais de 200 dias por ano juntos”, bem como à federação, família, amigos, restantes colegas de seleção e aos patrocinadores, sem quais, garantem, que “tudo seria bem mais difícil”.

Aos colegas continuam a lutar pelo apuramento, o conselho para que “mantenham a calma para poderem dar o seu melhor”, acreditando que “a sua qualidade vai sobressair”.

“Há um ano achávamos muito pouco possível apurar… isto dá tantas voltas”, recordou Diogo Costa.

Já o seu técnico, Aaron Sarmiento, assegura que a dupla pode “melhorar em tudo”, destacando “o plano físico e técnico”, reconhecendo aos seus pupilos potencial para “andar ainda um pouco mais rápidos”.

Os Mundiais de vela reúnem, até domingo, cerca de 1.400 competidores de 81 países em Haia.

Na capital dos Países Baixos começa a qualificação para Paris2024, sendo que, posteriormente, há um período de repescagem europeu – datas e locais distintos para as diferentes classes –, antes de um último evento, mundial, em França, para atribuição dos derradeiros ingressos.