O Sporting conseguiu um ótimo resultado frente ao Horsens. Numa prova a eliminar um empate fora, e marcando, é sempre positivo. Mas em termos qualitativos a superioridade dos leões, ficou aquém do esperado, porque estes dinamarqueses… para além do poder físico, só a classe de Ronnow quase imbatível e a velocidade aliada a uma boa técnica de Faberbeg, estavam ao nível dos jogadores leoninos.

Perante as facilidades e a inoperância dos dinamarqueses, o Sporting dadas as imensas oportunidades que criou, deveria golear o seu frágil opositor. De facto o Horsens foi, e será em Alvalade uma equipa mais que acessível. Apresenta o modelo 4x4x2, o qual é fácil de anular, nas ações atacantes procura colocar a bola nos dois avançados, em passes longos. Defende com oito jogadores, mas não pressiona, deixa jogar. A liberdade aos laterais leoninos foi constante.

O Sporting tem este ano um grupo muito homogéneo e pode vir a ser um forte concorrente à conquista de títulos. Falta-lhe mais um- ponta -de- lança, para fazer dupla com Wolfswinkel, ou a manter-se o sistema de 4x3x3 para o substituir em caso de lesão ou castigo. Wolfswinkel é ainda um menino, mas tem um vasto potencial, que deve ser explorado e aproveitado. Aliás a equipa está recheada de jovens talentos que precisam de escola de ensinamento.  

Sá Pinto deve para além de reforçar o que de bom a equipa já faz, terá retificar os erros que a mesma comete. E o que se está a verificar é que os jogadores estão a falhar demasiado no último passe, neste jogo em 34 cruzamentos só 6 chegaram aos colegas. Esta falha, deve-se a várias situações: precipitação, má técnica de execução do passe, cruzar por intuição, (sem olhar ), e pela ausência de recetores na área de finalização.

Outro problema é a finalização, ontem foi demais. E não é um caso, “de insistência, porque as bolas terão de entrar.” É uma questão de treino, do gesto técnico e da mecanização do remate, deve treinar-se também, a componente mental e psicológica dos jogadores, ganharem confiança, e serenidade no momento do remate, para assim criarem rotinas de finalização, e consoante a situação decidem-se pela melhor opção de finalização.

Os jogadores devem adquirir hábitos que possibilitem o conhecimento profundo, das tarefas a desempenhar, e o Sporting tem elementos que formarão uma boa equipa, quando os jogadores retificarem os erros acima explicados, e quando assimilarem os comportamentos táticos, e se realizarem uma coordenação perfeita nas movimentações estudadas, onde cada elemento saiba efetivamente o seu papel em cada situação do jogo. O rendimento da equipa será positivo.