Desde que foi escolhido para organizar o “Mundial2022”, o Qatar tem sido alvo de várias críticas de inúmeros quadrantes, nomeadamente no que diz respeito às suas posições em matéria de direitos humanos, das questões LGBTQ+ e de abuso sobre os trabalhadores migrantes.
Já hoje as sete federações europeias que pretendiam utilizar no Qatar uma braçadeira inclusiva, contra a discriminação, renunciaram ao seu uso, face à ameaça de procedimentos disciplinares no decorrer do Mundial2022 de futebol.
Ainda hoje, na Comissão parlamentar de Assuntos Estrangeiros será apreciado e votado o parecer de assentimento para a deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa ao Qatar, entre quarta e sexta-feira.
Além de Portugal, também as federações de Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, País de Gales, Inglaterra, Noruega, Países Baixos, Suécia e Suíça assinaram o documento.
A dois dias do início do campeonato, o desrespeito pelos direitos humanos é uma questão tão ou mais importante do que os próprios jogos nos serviços de notícias de toda a Europa.
Segundo o chefe de Estado, a sua ideia era “em território português dizer” o que pensa da “situação dos direitos humanos no Qatar e depois, em território do país” onde se desloca, falar “da situação dos direitos humanos”.
Marcelo Rebelo de Sousa reconhece que existe “uma resolução do Bloco de Esquerda contrária à ida” e normalmente “vota-se uma resolução favorável à ida”.
Após o Portugal-Nigéria de quinta-feira, o Presidente da República afirmou: “O Qatar não respeita os direitos humanos. Toda a construção dos estádios e tal...mas, enfim, esqueçamos isto. É criticável, mas concentremo-nos na equipa".
“Embora a luta pela defesa dos direitos humanos tenha de estar sempre presente, não podemos perder o foco na seleção nacional. Como muitos portugueses, também eu sonho com a conquista do título mundial”, disse João Paulo Correia.
Diretor-executivo da Amnistia em Portugal, Pedro A. Neto, lembra “todos os processos de pouca transparência e pouca corrupção com que se escolhem os campeonatos do Mundo”
Com o Mundial 2022 como pano de fundo, MEO e a Amnistia Internacional uniram esforços para relembrar aquele que é um dos pilares fundamentais da Humanidade: os Direitos Humanos.
Presidente da FPF falou, em entrevista ao jornal espanhol 'Marca', da questão dos direitos humanos no Mundial que se aproxima e também das aspirações de Portugal na prova.
O Mundial do Qatar, envolto em polémica desde a sua atribuição, devido a corrupção, exploração laboral e à sua realização, por motivos climáticos, no inverno, obrigando às paragens dos vários campeonatos, decorre de 20 de novembro a 18 de dezembro.
O Qatar, que gastou dezenas de biliões de dólares para organizar o torneio de 20 de novembro a 18 de dezembro, tem reagido com crescente indignação face às críticas.
A Federação Australiana de Futebol disse esperar, num comunicado divulgado hoje, que as autoridades do país cumpram uma promessa de garantir a segurança da comunidade LGBTI+.
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