O jogo particular entre Qatar, treinado pelo português Carlos Queiroz, e Nova Zelândia, teve apenas meia parte, depois de a seleção neozelandesa não regressar após o intervalo, alegando que o futebolista Michael Boxall sofreu um insulto racista.
Através de uma curta nota publicada na rede social ‘twitter’, a federação neozelandesa revelou que Michael Boxall foi “abusado racialmente” por um adversário durante a primeira parte da partida e que o árbitro nada fez quando foi apresentada queixa junto do mesmo, razão pela qual decidiu abandonar a partida após o intervalo.
Nessa fase do jogo, que decorreu na Áustria, a Nova Zelândia vencia por 1-0, graças a um golo do médio Marko Stamenic, jogador dos dinamarqueses do FC Copenhaga, aos 17 minutos.
Entrevistado por um canal de televisão do Catar, Carlos Queiroz mostrou-se surpreendido com a decisão da Nova Zelândia, considerando ter sido tomada com base num alegado acontecimento sem testemunhas.
"Ao intervalo, o capitão da Nova Zelândia informou-nos que tinham decidido não voltar ao jogo. Os factos são os seguintes: aparentemente, dois jogadores trocaram palavras, quem disse primeiro, quem disse depois, é apenas entre eles. Os jogadores da Nova Zelândia decidiram apoiar o companheiro de equipa e, como é óbvio, toda a nossa equipa apoiou o nosso jogador, mas o ‘staff’ da Nova Zelândia decidiu abandonar o jogo, sem testemunhas do que ocorreu", explicou o selecionador do Qatar.
O treinador luso alegou, ainda, que ninguém ouviu rigorosamente nada: “O árbitro, os bancos, os treinadores, ninguém ouviu. Foi apenas uma discussão entre dois jogadores e acho que este é um novo capítulo, que por certo ninguém entende. Agora deixemos as autoridades do futebol tomarem uma decisão sobre o que aconteceu neste jogo amigável. Acho que este caso ficará sob observação da FIFA. Perguntei ao treinador, aos árbitros, ninguém ouviu nada, pelo que, aparentemente sem testemunhas, não sei como a FIFA vai lidar com esta situação”.
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