O vice-presidente da Associação Provincial de Futebol do Uíge, Agostinho António, aconselhou esta quarta-feira os clubes existentes a nível da região no sentido de apostarem na formação dos atletas, principalmente na camada dos iniciados, caso se pretenda alcançar resultados salutares nas competições locais, nacionais e não só.
Depois de ressaltar a fraca participação nos últimos anos das equipas do Uíge nas competições locais e nacionais, nomeadamente nos campeonatos nacionais e segunda divisão, Agostinho António, em entrevista à Angop, defendeu que caso houvesse uma formação árdua dos clubes de futebol a província do Uíge não estaria neste momento fora da maior competição futebolística de Angola, o Girabola.
"Estamos preocupados porque as nossas equipas não conseguem impor-se de igual para igual com as demais a nível nacional, quer em juniores, juvenis e seniores, a exemplo do que aconteceu muito recentemente na segunda divisão, em que das quatro formações incluídas na série A do zonal de apuramento ao Girabola de 2016, duas eram do Uíge (Ismael FC e GD.Renascimento) e nem com isso se tirou proveito", desabafou.
Face à situação, o responsável advogou realizar nos próximos dias uma reunião de balanço com os dois conjuntos que estiveram envolvidos na segundona, bem como as demais agremiações para, entre outros aspetos, incentivá-los a apostarem na formação, organização e espírito patriótico.
Como disse, matéria humana e espaços para implementar qualquer projeto ligados à formação desportiva existem a nível da região, faltando apenas pessoas capazes que abracem iniciativas do género e não pensar já em resultados imediatos.
"Temos uma juventude com boa performance a nível das aldeias, regedorias, comunas e municípios que esperam ser lapidadas e tornarem-se verdadeiros jogadores que as demais equipas e seleções pretendem nos seus balneários", esclareceu.
Agostinho António fez lembrar que a "base" é o sucesso de qualquer equipa desportiva, pelo que são chamadas todas as equipas locais a privilegiarem a formação.
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