A constatação é do ex-selecionador angolano Romeu Filemon, em declarações neste domingo à Angop, em Luanda, a propósito da contratação, sábado, do atleta do 1º de Agosto para quatro anos pelo clube egípcio.

Sob seu comando em 2014 e 2015, na seleção, nas eliminatórias de acesso ao Campeonato do Mundo no mesmo ano, no Brasil, considera Geraldo um jogador cerebral do ponto de vista da organização de jogo, características semelhantes a do médio Gilberto, que se notabilizou neste mesmo clube, onde já passaram três angolanos.

Na sua óptica, o melhor do Girabola2017, na categoria de avançado, precisa aprimorar mais a condição física para ser fundamental na colectividade e conservar a imagem deixada pelos compatriotas Gilberto (2002-2010), Flávio (2005-2009) e Avelino Lopes (2001-2003).

O antigo treinador do 1º de Agosto (2011/2013) e do Kabuscorp do Palanca (2016) considera, entretanto, que o atleta de 27 anos de idade tem de ser rigoroso no processo de adaptação, prestando atenção no factor cultural, tratando-se de um país de maioria muçulmana.

O actual membro da Associação dos Treinadores de Angola (ATEFA) recorda ser o formador Norberto de Castro mentor de Geraldo e com grande responsabilidade na sua ascensão, tal como de outros atletas no Girabola como Paizo (1º de Agosto), Dasfaa e Baby (Interclube).

Formado na escola académica e desportiva “Norberto de Castro”, Geraldo seguiu para o Brasil aos 14 anos, onde jogou em 2009 no Rio Clara e Andraus, ambos do Estado de São Paulo.

De 2010 até 2015 representou o Coritiba do Brasil. Antes, passou pelo Paraná FC, Red Bull e Atlético Goianiense, assinando depois para os “rubro-negros” em finais de 2015, numa corrida em que também esteve o Petro de Luanda.