O antigo seleccionador nacional de futebol Joka Santinho, falecido terça-feira última por doença, foi sepultado hoje (sábado) no cemitério Alto das Cruzes, em Luanda, Angola.

Familiares, ex-colegas, alunos, jogadores e dirigentes desportivos, e não só, renderam homenagem ao malogrado, que se dedicou inteiramente a causa do futebol angolano, numa cerimónia marcada por consternação, lembranças e enaltecimento dos seus feitos.

No elogio fúnebre, o responsável pelo conselho jurisdicional da federação de futebol, José Carlos, destacou a trajetória biográfica do malogrado, o contributo na formação de atletas e no desenvolvimento da modalidade, considerando que se foi o homem, mas a sua obra continua.

A dimensão do seu trabalho foi igualmente recordada, entre outras individualidades, pelo secretário de Estado dos Desportos, Carlos Almeida, o presidente da FAF, Artur Almeida, e o antigo dirigente Armando Machado, para os quais o seu desaparecimento deixa grande vazio no mosaico desportivo, em particular no futebol.

A deposição da urna no Campo Santo foi antecedida de uma homilia, seguida de mensagens, entre as quais a dos ex-alunos da Escola Joka Sport, na pessoa de António Muhongo “Baião”, que destacou alguns dos ensinamentos ligados à formação integral do homem.

“Joka Santinho dizia, antes de ser um grande atleta, seja sempre um bom homem”, recordou o aluno.

De 75 anos de idade, Joka Santinho, natural de Luanda, iniciou a praticar no FC de Luanda, na década de 1960, abraçando mais tarde a função de treinador. Entre vários feitos, conquistou ao serviço do Interclube uma Taça de Angola, em 1986, e tornou-se vice-campeão nacional. Passou pelo 1º de Agosto, selecções nacionais jovens e de honras.

Assistiram a cerimónia figuras ligadas a história do desporto nacional como Justino Fernandes, Domingos Inguila, Carlos Queirós, Dunguidi Daniel, Manecas Leitão, João Machado e Paulo Madeira.