O selecionador de futebol de Portugal, Fernando Santos, admitiu hoje que a rivalidade de Cristiano Ronaldo com o argentino Lionel Messi é útil à equipa das ‘quinas’.

“A ‘competição individual’ com o Messi foi a reafirmação pessoal de que quer continuar a conquistar muitos êxitos pessoais e coletivos e, eu sei, que o seu maior sonho é conseguir um êxito na seleção. Isso é muito importante para nós, que ele tenha essa motivação”, afirmou Fernando Santos, à margem da iniciativa ‘Football Talks’, promovida pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no Estoril.

Na segunda-feira, após ter conquistado a sua terceira Bola de Ouro, Cristiano Ronaldo assumiu a ambição de conquistar este galardão pela quarta vez, aludindo à vontade de alcançar o registo do argentino, vencedor do prémio em 2009, 2010, 2011 e 2012.

“Parece-me que é natural nele, toda a gente conhece a sua forma de estar e ambição. A vida dele sempre foi assim, a querer ser mais e melhor, mas, mais importante do que isso, foi o espírito ganhador que voltou a demonstrar”, acrescentou Fernando Santos.

O selecionador luso admitiu ter ficado “muito satisfeito” pela distinção entregue ao ‘capitão’ da equipa das ‘quinas’, ressalvando que “não é mais do que a confirmação de que é o melhor jogador do mundo”.

Instado a apontar o melhor jogador português de sempre, o timoneiro da seleção evitou confrontar Eusébio e Ronaldo.

“Nunca vi melhor do que o Eusébio, nem melhor do que o Cristiano, mas estamos a falar de tempos diferentes. Desde que eu me lembro de futebol, não conheço ninguém melhor do que o Cristiano, mas também tenho muita dificuldade em conhecer alguém melhor do que o Eusébio”, frisou.

Fernando Santos reconheceu que a presença de Ronaldo na seleção portuguesa facilita a concretização dos objetivos, mas responsabilizou todo o grupo para isso.

“É sempre mais fácil quando se tem o melhor do mundo. Quando fez essa afirmação assumiu que era um título individual e coletivo, porque o Cristiano tem de ajudar a equipa e a equipa tem de ajudar o Cristiano. É algo que nos compete a todos”, referiu.

Após lamentar o desaparecimento dos jogos particulares de seleções de fevereiro, o selecionador disse esperar ansiosamente o reencontro com os jogadores para a preparação do decisivo jogo com a Sérvia.

“É muito tempo sem contacto presencial com os jogadores, foi pena ter terminado este jogo de fevereiro, que era um momento importante para reavivar ideias, mas agora estou ansioso que chegue março para ter os jogadores comigo de maneira a vencer o jogo com a Sérvia e isso vai abrir-nos as portas para o apuramento”, rematou.