A imprensa argentina avançou nos últimos dias que, alegadamente, a UEFA tinha dirigido, em fevereiro do ano passado, um convite à Argentina para participar na Liga das Nações.

Ora, já no decorrer do dia de hoje, o organismo que gere o futebol europeu viu-se obrigado a emitir um comunicado onde desmente essa informação.

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O suposto convite teria sido endereçado após as duras críticas de Lionel Messi à arbitragem do encontro com o Chile e também à organização da Copa América, por parte da Conmebol, organismo que acusou, inclusive, de “corrupção” a favor do Brasil, anfitrião da prova.

Na nota publicada no site oficial, a UEFA sublinha que “não há ponta de verdade nos relatos de que a Argentina teria sido convidada a participar nas competições da UEFA ou convidada a ser um membro da UEFA”.

"A UEFA nunca entrou em qualquer discussão quanto a este assunto, e nunca o faria. No entanto, o espírito de amizade e camaradagem, e enquanto organização inclusiva, a UEFA irá, claro, convidar a Argentina a assistir a qualquer competição da UEFA", acrescentou o organismo responsável pelo futebol europeu.

Na passada quarta-feira, a Argentina foi eliminada da Copa América nas meias-finais pelo Brasil e garantiu o terceiro lugar da prova ao vencer o Chile, no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares. No entanto, a participação da seleção de Messi esteve envolta em muita polémica.

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Depois do jogo com o Brasil, o craque do Barcelona lançou várias criticas à arbitragem do encontro e insinuou que a seleção canarinha seria corrupta. De seguida foi a vez da Associação de Futebol Argentina (AFA) reagir ao encontro, também com uma referência ao VAR.

Os responsáveis da AFA (Associação de Futebol da Argentina) enviaram uma carta à CONMEBOL, pedindo o audio das comunicações entre o árbitro principal e o vídeo-árbitro, Leondan González.

Num documento de seis páginas, assinado pelo presidente da AFA, Claudio Tapia, o responsável questiona a não utilização das recomendações do VAR pelo árbitro Roddy Zambrano, nos lances de possível penálti, pedidos pela Argentina.

De acordo com alguns média argentinos, no final do jogo, o comissário dos árbitros questionou o VAR, Leondan González, sobre as suas decisões e este respondeu que tinha alertado o árbitro principal dos dois penáltis a favor da Argentina mas que Zambrano se teria negado a ir rever os lances

Mas, a polémica não ficou por aqui e estendeu-se ainda ao jogo com o Chile. O ‘capitão’ e maior ‘estrela’ da Argentina acabou por ser expulso aos 37, num confronto com Medel que o árbitro decidiu punir com vermelho direto para os dois. No final do jogo, Messi voltou a falar em corrupção na arbitragem.

Este domingo, a 'TyC Sports' revelou o conteúdo do relatório do árbitro Mario Diaz de Vivar, onde aparece justificada a cartolina vermelha admoestada aos dois atletas. O árbitro paraguaio refere que escolheu aquela solução "pela falta de opções" e porque Messi confrontou "o adversário num incidente que aconteceu quando a bola não estava mais em jogo, dando um forte golpe com o ombro no adversário".

No entanto, as declarações de Messi podem ter consequências graves, sendo que o craque do Barcelona arrisca uma suspensão de dois anos, que implicaria a ausência do Mundial'2022, a realizar-se no Qatar, e a Copa América de 2020, que vai jogar-se na Argentina e na Colômbia.