O Estádio Municipal de Chaves terá um novo relvado para a próxima temporada, depois de o Desportivo de Chaves ter garantido a subida à II Liga de futebol, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal.
«Muito satisfeito» com o regresso do Desportivo de Chaves aos escalões profissionais do futebol português, João Batista afirmou que, depois de terminado o apuramento de campeão da II divisão, começarão as obras no Estádio Municipal, num investimento de «cerca de 150 mil euros».
A formação de Chaves recebeu e venceu no domingo o Ribeirão por 1-0, segundo classificado e que seguia com os mesmos 55 pontos, na 30.ª e última jornada da Zona Norte da II Divisão.
Segundo o edil, a autarquia «sempre» apoiou o clube com a atribuição de subsídios às camadas jovens, pagamento da luz, manutenção do estádio e, em fevereiro, financiou a remodelação do campo de treinos, dotando-o de relva sintética.
Sócio do emblema “azul-grená” desde 1978 e presença assídua nos jogos, João Batista salientou que, neste momento, mais do que pensar na subida à I Liga é preciso «consolidar o clube do ponto de vista desportivo e financeiro para ser sustentável no escalão onde está».
Na opinião do edil, se o clube tiver alicerces fortes é «meio caminho andado» para aspirar a «altos voos».
O Desportivo de Chaves, relembrou João Batista, «é mais do que um clube», pois «sempre foi um digno representante da cidade, da região e do interior».
Para o presidente da Câmara flaviense, a subida à II Liga foi uma «enorme» alegria para a cidade e é uma «porta aberta» para levar o nome de Chaves «mais longe».
«O Grupo Desportivo de Chaves tem uma mística e uma história que as pessoas reconhecem, não só os flavienses, mas as pessoas que se revêem num clube que foi marcante a nível nacional e que representa, de certa forma, uma capacidade de afirmação e de resistência num contexto difícil», terminou.
Suba ou desça de divisão, ganhe ou perda, nas bancadas do Desportivo de Chaves há sempre uma presença assídua: Emídio Macedo, de 89 anos, que era presidente quando o clube esteve na Taça UEFA.
Desse tempo, o antigo presidente relembrou que, na altura do sorteio, toda a gente perguntou onde ficava Chaves e se era uma ilha.
Quanto à prestação da equipa na competição europeia, Emídio Macedo lembrou que o emblema “azul-grená” podia ter «ido mais além», não fosse a má arbitragem.
Habituado a grandes palcos desportivos, e depois de ter estado 13 anos à frente dos destinos do clube, Emídio Macedo vê a subida como «mais uma conquista».
Considerando a II Liga um «lugar merecido» para os flavienses, o adepto, que «vai sempre» aos jogos, disse que, apesar do mau começo, sempre acreditou na subida.
Pensar num regresso à I Liga ainda é, na sua opinião, «prematuro», porque este escalão é «mais exigente», mas a «curto prazo» poderá ser uma realidade desde que a cidade corresponda.
«Se o clube conseguir uma boa classificação poderá ter lotação razoável nos jogos e duplicar o número de sócios», considerou.