Esta quinta-feira, a Real Federação Espanhola de Futebol e a CONMEBOL confirmaram que a segunda-mão da final da Taça Libertadores da América, entre o River Plate e o Boca Juniors, será jogada no Estádio Santiago Bernabéu em Madrid.

A decisão não agradou a nenhum dos clubes, nem a Dani Alves, jogador brasileiro do Paris Saint-Germain, que em declarações à ESPN da Argentin contestou a decisão da CONMEBOL.

"Jogar um Boca-River fora da América do Sul é a maior vergonha que já vi e que vou ver como jogador de futebol, como sul-americano e como alguém que considera que este desporto deve ser vivido com sentimento, com paixão, com tudo que se quiser, mas sobretudo com respeito", começou por dizer Dani Alves.

O jogador brasileiro acrescentou ainda que "as outras pessoas, que nada têm nada a ver com o sucedido, terão que pagar pelo comportamento de alguns mal-educados. Eu, como jogador sul-americano, e apaixonado pelo futebol e pela rivalidade saudável, sinto-me na obrigação de expressar a minha opinião. Espero que isso não aconteça, para o bem do futebol e em respeito àqueles que nada têm a ver com isso. Não se educa pessoas assim. Educa-se mal-educados ensinando bons modos. Quando se vai ao estádio,  deve-se viver com a paixão pela sua equipa".

Em causa estão os incidentes que ocorreram no passado sábado, na data inicial prevista para a segunda mão, quando o autocarro que transportava a comitiva do Boca Juniors foi atacado à chegada ao estádio Monumental, do River Plate, resultando em ferimentos em alguns jogadores.

Os adeptos lançaram pedras e gás pimenta, e os futebolistas Pablo Pérez e Gonzalo Lamardo tiveram que ser assistidos no hospital.

Depois do empate 2-2 cedido na primeira mão, na Bombonera, o Boca pretende que o River seja punido pelo ataque e que se aplique o artigo 18 do regulamento disciplinar, que prevê várias penalizações, entre as quais a desqualificação.

O jogo irá ser disputado no dia 9 de dezembro, às 20h30 de Espanha, 19h30 de Portugal continental.