A treinadora Filipa Patão afirmou, esta quarta-feira, que o Benfica está preparado para continuar a fazer história e carimbar na quinta-feira, no reduto do Rosengard, o apuramento para os quartos de final da Liga dos Campeões feminina de futebol.

“Desde a pré-temporada que trabalhámos para este momento. Com o grupo de trabalho que temos e o projeto que o Benfica tem, acreditámos que isto seria uma realidade, mais cedo ou mais tarde”, afirmou a técnica ‘encarnada’, em conferência de imprensa, desde Malmö.

Para garantir na quinta-feira um inédito apuramento para os ‘quartos’ da ‘Champions’ feminina, o Benfica precisa de vencer o Rosengard ou de somar os mesmos pontos na Suécia que o Eintracht Frankfurt alcançar em Barcelona, na quinta jornada do Grupo A.

“É por isto que temos lutado todos os anos, na Liga dos Campeões e não só, também na Liga portuguesa, porque é isso que nos permite chegar até aqui”, frisou Filipa Patão.

A treinadora lusa deixou, porém, bem claro que, para o Benfica, os ‘quartos’ não são o fim da linha: “Este é um projeto que tem os quartos de final como um percurso, e não como um final”.

“Estas jogadoras sabem disso, por isso mesmo é que vamos continuar a trabalhar, a afirmar-nos no panorama europeu, porque é para isso que o Benfica trabalha todos os dias e o projeto caminha”, explicou.

Assim, este “é o jogo mais importante agora”, porque, depois, vão aparecer “mais”.

“Quisemos ir a uma fase de grupos da ‘Champions’, foi inédito, foi histórico. Quisemos mais, e estamos agora próximos dos quartos de final e, mais uma vez, não nos podemos colocar limites. É o jogo da nossa vida agora, amanhã com certeza que teremos outro e depois de amanhã outro”, disse.

Para o embate de Malmö, o Benfica não terá duas jogadoras muito importantes, a lesionada Kika Nazareth e a castigada Lúcia Alves, mas Filipa Patão, mesmo reconhecendo que “são baixas, jogadoras que conseguem acrescentar”, acredita no coletivo.

“Os contos de fadas costumam dar muito trabalho, não acontecem por acaso. Estamos perto de fazer história, mas esse trabalho foi feito por um conjunto de jogadoras, não por uma, nem por duas. De certeza absoluta que vão aparecer outras jogadoras que vão querer assumir este momento”, frisou.

Quanto ao adversário, Patão confessou não ter grandes referências, já que o Rosengard está em pré-temporada, conta como uma nova equipa técnica e novas jogadoras.

“Estão a preparar uma nova época. Tudo o que possam apresentar poderá ser diferente dos outros jogos da Liga dos Campeões. Temos que nos preocupar connosco, com o nosso processo, e estar preparadas para, durante o jogo, alterar alguma coisa perante o que o adversário apresentar”, explicou.

A treinadora do Benfica disse ainda “esperar todas as dificuldades”, sem esquecer o frio, que é “mais uma condicionante, um constrangimento”, mas garantiu que as suas jogadoras “estão preparadas” e, em campo, “só vão lembrar-se de soluções e não dos problemas que possam aparecer”.

Na conferência de imprensa, participou também a internacional nigeriana Christy Ucheibe, consciente de que o Benfica vai enfrentar um jogo “muito importante” e prometendo “dar tudo”.

“Não sei o que vamos encontrar, porque estão a começar a época e têm um novo treinador, mas, independentemente do que trouxerem, nós estaremos preparadas. Elas já não se podem qualificar, mas não damos nada por garantido”, garantiu a jogadora de 23 anos.

Ucheibe, ‘estrela’ maior do Benfica no valioso empate a um golo em Frankfurt, garantiu: “Estamos prontas para fazer história. Queremos deixar a família benfiquista orgulhosa”.

Após quatro rondas, o Benfica é segundo classificado do Grupo A da Liga dos Campeões feminina de futebol, com sete pontos, menos cinco do que o já apurado FC Barcelona e mais três do que o Eintracht Frankfurt. O Rosengard está a zero.

O encontro entre o Rosengard e o Benfica, da quinta jornada do Grupo A, realiza-se na quinta-feira, pelas 17:45 (em Lisboa), no Malmö Idrottsplats, com arbitragem da croata Ivana Martincic.