Josep Maria Bartomeu começa a defender-se dos ataques de Joan Laporta, que o acusa de gestão danosa no Barcelona. Em entrevista aos jornais desportivos 'Sport' e 'El Mundo Deportivo0, o ex-presidente dos blaugrana garante que fez um bom trabalho no clube.

"A minha gestão não foi nefasta. Sei que essa ideia corre por aí, mas foi muito séria e responsável. Quem o diz é a Liga, a UEFA, os auditores, chegámos a ser o clube mais valioso do mundo. Demos prioridade à gestão desportiva e cuidámos do projeto patrimonial fizemos muitos projetos, mas a partir de março de 2020 essa gestão séria e rigorosa foi prejudicada pela pandemia, que diminuiu drasticamente as receitas, com uma quebra que chegou aos 500 milhões", justificou, em entrevista ao jornal El 'Mundo Deportivo'.

Na sua entrevista, Bartomeu garante ter recusado 150 milhões de euros por Ansu Fati no verão de 2020.

"Tivemos uma oferta boa que teria acertado as contas, mas preferimos apostar no projeto desportivo. Sabíamos que quando tudo reabrisse recuperaríamos o nível de receitas. Era uma proposta de 150 milhões de um clube inglês" detalhou.

Na entrevista ao 'Sport', Bartomeu garantiu que o "clube não está em risco, é viável, tem muitos recursos" e que Laporta está "a criar um discurso alarmista". O ex-líder dos blaugrana disse ainda que não fosse a pandemia de COVID-19, o Barcelona não estaria na situação atual.

"As perdas causadas pela COVID-19 não vão levar o clube à falência, o Barcelona tem ativos de jogadores, bens patrimoniais e digitais […]. Explicámos claramente o impacto COVID no Barça. A Liga disse que até março de 2020 o clube era rigorosamente gerido pelos seus parâmetros e os da UEFA. Entre 2010 e 2020 tínhamos quase 180 milhões acumulados, mas no dia 14 de março as receitas dos clubes da Europa caem: sem venda de bilhetes, bilhetes de época, entradas nos museus, nas lojas. Cai 40 por cento do rendimento. Desde março de 2020 a junho de 2021 foram quase 500 milhões de quebra e no exercício de 2020/21 foram 330. O clube perdeu dinheiro, com grande impacto. Sem o COVID o Barcelona teria perdido 50 milhões, não o que sai na imprensa e chateia os sócios", explicou.

Na mesma entrevista, Bartomeu garantiu que ninguém da sua direção tirou dinheiro do clube: "Não tenho medo, ninguém da minha direção meteu as mãos na caixa. É uma coisa que não poderíamos esconder e depois de tantos meses já se saberia. Podem dizer o que quiserem."