O Espanyol apelou hoje “à responsabilidade e reflexão”, bem como “à generosidade e calma” de todos, perante a tensão política e social que se vive na Catalunha, face aos acontecimentos de domingo.
O Governo catalão sustentado por uma maioria parlamentar que apoia a independência da região organizou no domingo um referendo ilegal, muito polémico, em que apenas 42% dos eleitores foram votar para decidir por esmagadora maioria que desejam ser independentes de Espanha.
A consulta foi boicotada pelos movimentos e partidos que não apoiam a separação da Catalunha de Espanha, apesar de muitos deles também defenderem a realização de uma consulta popular na região, mas feita de acordo com as regras aceites por todos e não apenas de uma das partes.
A votação de domingo foi marcada pela intervenção da polícia espanhola, que tentou encerrar da parte da manhã alguns centros eleitorais, numa ação que teve momentos de grande violência, que passaram nas televisões de todo o mundo.
O clube, treinado por Quique Flores, publicou o apelo na sua página oficial, mas lamentou “os graves factos ocorridos nos últimos dias e semanas”, desejando que os mesmos não voltem a acontecer.
“A situação que se vive na Catalunha entristece-nos e emociona-nos a todos, os desportistas, dirigentes e profissionais desta casa”, diz ainda a nota, reiterando que desde o primeiro momento o clube tem uma posição apolítica.
O Espanyol reafirma que mantém e manterá essa neutralidade e que assim não pretende atingir, nem por ação ou omissão, os sentimentos de todos ou de cada um dos seus sócios, cujas opções considera de foro pessoal.
O clube encerrou durante o dia o acesso às suas instalações de treino, na Cidade Desportiva, com a equipa a realizar apenas uma curta sessão de recuperação, sem que se realizasse a habitual conferência de imprensa.
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