Rúben Amorim fez, ao início da tarde desta segunda-feira, a antevisão do jogo com o Eintracht Frankfurt, da última jornada da fase de grupos da Champions. O técnico falou do momento da equipa, explicou o que tem falhado, comentou o momento do rival Benfica e voltou a defender que não é preciso ir ao mercado.

Confiança da direção: "Nesta fase, não vou dar nada. Em relação às conversas com o presidente, não vou estar a falar. Sei que tenho confiança da direção, mas entendo que num clube grande não é suficiente. Temos de encarar isto como é, temos de ganhar o objetivo."

Muitas lesões no Sporting: "O St. Juste jogou pouco no ano passado, não jogou a pré-época. O Neto não podemos controlar. Limitou dois centrais. Temos cinco. O Porro, com a sobrecarga, tem alguns problemas. Não podendo rodar sempre, temos lesões. Não é o departamento médico, é a nossa formação. Aguentámos com plantel curto. Há coisas que não controlamos. Os jogadores podem ter lesões por problemas pessoais, etc. Não tenhamos a sensação que quando está bem, está tudo certo e quando está mal o trabalho está a ser mal feito. Há que encarar com realidade."

Com as lesões, o Sporting vai ao mercado de janeiro? "É uma coisa boa do momento o ter claro o que queremos fazer. Não mudamos consoante os resultados. A nossa ideia não é procurar ninguém no mercado porque não sabemos o que vai acontecer. O ano é atípico, com a paragem do Mundial, vamos ter uma espécie de pré-época, tudo pode acontecer. Podemos ir ao mercado, podemos não ir, mas na minha cabeça não está a ideia de chegar a janeiro e investir. Não há nenhum jogador pensado, o scouting faz a sua observação, queremos apostar em jogadores jovens para rentabilizar, não somos parvos e sabemos dos jogadores que são atrativos no mercado. O plano está traçado e não vamos alterar por nada."

Como explicar o momento do Sporting? "Temos criado mais, mas não conseguimos marcar. Temos controlado o ataque dos adversários. Em distrações, sofremos. Falhamos a capacidade de reagir aos maus momentos. O futebol é mesmo assim. Há coisas boas em maus momentos. Não temos de sofrer muito para crescer. Temos de viver bem. Já tivemos momentos destes e demos a volta. O clube está fortalecido e tem futuro, falhando na mesma os objetivos. A curto prazo, não estamos a conseguir."

Falta confiança na hora de rematar? "Não sei explicar, porque não acho que seja falta de confiança. Lembro-me que o Porro falhou uma e ele é sempre um jogador com confiança. O Nuno Santos quis meter uma por cima e isso revela confiança. Em momento de stress, em vez de rematar forte à baliza como um jogador stressado, tentou meter por cima. O Pote falhou em frente à baliza, o que não é normal, o Arthur encostou uma bola sem guarda-redes… Acho que nos falta convicção. Há qualquer coisa no ar que se sente. No ano em que fomos campeões, sentia-se que algo ia acontecer. Agora sente-se o contrário. Isso muda-se com bons resultados, não com conversa."

Muitos golos sofridos e pouco marcados de bola parada: "Essa é a parte mais fácil de perceber. O trabalho tem sido o mesmo, toda a equipa técnica tem feito um trabalho exaustivo, como fazia noutras épocas. É olhar para a equipa e ver que, saindo o Palhinha, o Matheus e o Feddal, trocando por outros jogadores que foram opção nossa para mudar a qualidade do jogo, isso retira muita altura e agressividade no ar à nossa equipa. Nunca tivemos tantos jogos sem o Seba [Coates]. Relembrar que nunca tivemos tantos jogos sem o Paulinho. Às vezes temos só os baixinhos. Se não aumentarmos a agressividade… E nisso podemos ser muito melhores, um jogador pode ter dois metros mas podemos empurrá-lo sem falta, é o que fazem ao Seba. Temos culpa nesse problema da equipa, mas não há como substituir uma equipa que era muito grande por uma equipa muito mais baixa. Esses fatores têm de ser acautelados, não o foram pelo treinador porque olhou para o jogo de outra forma."

Momento do Benfica: "Isso quer dizer que tem melhor treinador e melhor preparação dos jogadores. Eu ainda não tenho essa capacidade. Se olharmos aos resultados, há uma clara diferença na qualidade dos treinadores."

O Sporting recebe esta terça-feira em Alvalade o Eintracht Frankfurt, equipa que na primeira volta bateu na Alemanha por 3-0, sabendo que um triunfo ou até um empate serve para seguir em frente na competição.

O Grupo D, em que estão ‘leões’, Frankfurt e também Tottenham e Marselha, é o único que chega a esta fase com todas as quatro equipas a poderem assegurar o apuramento ou então a abandonarem a prova, com os ingleses a terem garantido o ‘plano B’, ou seja, a descida à Liga Europa.

Por isso, em Alvalade, o Sporting tanto pode festejar o apuramento, assim como o primeiro lugar do grupo, caso vença o Eintracht Frankfurt e o Tottenham não consiga o triunfo em Marselha, como também pode já dizer adeus às provas da UEFA de 2022/23.

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