O treinador português André Villas-Boas considerou hoje o jogo de quarta-feira com o FC Porto, para a quarta jornada do Grupo C da Liga dos Campeões de futebol, será um ‘match point’ para o Marselha.
Com três derrotas nos jogos disputados e sem qualquer golo marcado, o Marselha ocupa a última posição do grupo, liderado pelo invicto Manchester City, com nove pontos, e pretende dar a volta à situação na receção ao FC Porto, segundo colocado, com seis.
“O lado emocional é muito importante e pode ser a chave para nós conseguirmos desbloquear alguns aspetos em falta, como a confiança, a agressividade e os golos”, disse André Villas-Boas, na conferência de imprensa de antevisão do jogo.
André Villas-Boas, que no estádio do Dragão perdeu por 3-0, espera um FC Porto “em tudo idêntico ao desse jogo, com a mesma organização e jogadores”, embora admita algum “fator surpresa” promovido pelo treinador Sérgio Conceição, “talvez ao nível tático”.
“O nosso primeiro desafio é bater o FC Porto num aspeto que é muito bom, que é o motivacional”, referiu o treinador português, recordando que no Dragão o Marselha teve mais posse de bola, mas faltou-lhe remate, finalização e eficácia.
Villas-Boas reconhece que o Marselha “tem que fazer muito melhor” contra o FC Porto, “bem organizado, mais experiente [na Liga dos Campeões]” e que “cria problemas com as dinâmicas do seu esquema 4x4x2”, e que “está muito perto de assegurar a qualificação para a fase seguinte”.
O treinador considerou ainda prejudicial o facto de o Marselha estar sem jogar há 18 dias, desde a vitória por 1-0 em casa do Estrasburgo, numa altura em que a equipa estava a melhorar e a corrigir alguns aspetos fundamentais do seu jogo.
Com dois jogos em atraso, o Marselha segue no sexto lugar da liga francesa, com 18 pontos, mas Villas-Boas considera que esta posição, que “deixa marcas emocionais”, “desvirtua a verdade desportiva, pois caso consiga duas vitórias sobe à liderança em igualdade com o Paris Saint-Germain”.
André Villas-Boas ainda não atira a toalha ao tapete no que toca à Liga dos Campeões, nem ao terceiro lugar que dá acesso à Liga Europa, mas admite que o foco está na Liga francesa, que está muito competitiva, e em repetir a última época.
“Vamos ter um ‘match point’ contra o FC Porto. Acabar na Liga Europa, depois de todos os nossos sonhos e a época passada, é pouco, mas se sairmos deste sonho ou pesadelo europeu, podemo-nos concentrar no campeonato”, adiantou o treinador.
Villas-Boas atribuiu a má campanha europeia do Marselha à “falta de confiança e consistência” e a “erros”, entre outros, e contrapôs com o sucesso no campeonato, no que toca a resultados, considerando que “todas as grandes equipas passam por momentos idênticos”.
Com a missão de evitar que o Marselha some frente ao FC Porto a 13.ª derrota consecutiva na Liga dos Campeões, André Villas-Boas adiantou que não poderá contar com o sérvio Nemanja Radonjic, que se lesionou ao serviço da seleção e que irá parar 15 dias.
Questionado sobre o ‘segredo’ para a longevidade de Sérgio Conceição no banco do FC Porto, André Villas-Boas atribuiu esta situação à condição de adepto portista do treinador dos ‘dragões’, tal como ele, que o faz sentir o clube de forma diferente.
“Sente o clube de uma forma transcende e única, pois, ao contrário dos outros treinadores que não são [adeptos do FC Porto], sente o clube de uma forma diferente e por isso é amado por todos e defendido pelo presidente [Pinto da Costa]”, considerou Villas-Boas.
O FC Porto defronta na quarta-feira o Marselha, pelas 20:00, no estádio Vélodrome, em jogo que será dirigido pelo árbitro sueco Andreas Ekberg, referente à quarta jornada do Grupo C da Liga dos Campeões.
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