O Villarreal conquistou a Liga Europa 2020/21 ao vencer o Manchester United por 11-10 no desempate por pontapés da marca de grande penalidade, depois de uma igualdade a um golo ao fim de 120 minutos.

Moreno marcou para o Villarreal na primeira parte, Cavani empatou para o United na segunda. Depois não houve golos no prolongamento e, nos penáltis, o Villarreal acabou por levar a melhor. Depois de 21 grandes penaliades batidas com êxito pelos 21 primeiros jogadores a cobrá-las, foi De Gea, guarda-redes do United, o primeiro e único a falhar.

O Villarreal conquistou assim o primeiro troféu europeu da sua história, enquanto o seu treinador, Unay Emerey, ergueu pela quarta vez na carreira o troféu da Liga Europa, depois de o ter vencido por três vezes ao leme do Sevilha. Como bónus, o conjunto do 'submarino amarelo' conquista também um lugar na fase de grupos da próxima Liga dos Campeões.

United entra melhor, mas quem marca é o Villarreal

O treinador do Villarreal, Unai Emerey, três vezes vencedor da prova, tinha afirmado na conferência de imprensa de antevisão à final que o favoritismo estava do lado do United e foi mesmo o conjunto de Manchester, com Bruno Fernandes, naturalmente, a titular, a tomar conta das operações nos minutos iniciais.

Porém, com exceção a um lance em que o internacional português chegou atrasado para desviar a bola para o fundo das redes, nunca a turma inglesa conseguiu criar real perigo e, aos poucos, o conjunto do 'submarino amarelo' começou a subir mais vezes no terreno e a conquistar alguns pontapés de canto.

Acabou mesmo por ser na sequência de um lance de bola parada - não de um canto, mas de um livre lateral - que o Villarreal acabou mesmo por ganhar vantagem no marcador. Gerard Moreno antecipou-se a Lindelof na Man. United e bateu De Gea com um desvio de pé direito. O Villarreal marcava no primeiro remate na direção do alvo.

Ingleses tentam reagir, mas recolhem aos balneários em desvantagem

A perder por 1-0, o United tentou retomar as rédeas do jogo, mas tal não se mostrou fácil. Apesar de ter mais tempo de posse de bola, a equipa de Ole Gunnar Solskjær continuou sem conseguir importunar na baliza à guarda de Rulli.

Só mesmo em cima do minuto 45 o golo dos 'Red Devils' esteve à vista. Greenwood bateu Pedraza em velocidade, cruzou para a grande área contrária, a bola desviou em Albiol e acabou nas mãos do guarda-redes 'amarelo'.

Cavani recoloca justiça no marcador

Foi, ainda assim, um aviso para o que se iria ver no arranque da segunda parte. Mesmo sem alterações na equipa, o United mostrou-se mais incisivo nos primeiros minutos do segundo tempo.

Depois de um lance em que ficaram a pedir grande penalidade sobre Greenwood, aos 55 minutos os ingleses chegaram mesmo, com justiça, ao empate. Jogada de insistência, com Rashford a rematar da entrada da área. A bola desviou num adversário e sobrou para Edinson Cavani que, na pequena área, bateu Rulli, fazendo o 1-1.

Motivado pelo golo, o United  continuou a pressionar. Bruno Fernandes tentou a sua sorte de longe pouco depois, Rashford falhou isolado mas estava fora de jogo e Cavani, em excelente posição, cabeceou contra um adversário.

Empate ao fim dos 90 minutos, prolongamento nada muda

O resultado, porém, teimava em não mexer, apesar de as duas equipas ainda terem ameaçado o golo nos instantes finais, e a decisão acabou mesmo por seguir para o tempo extra.

Na primeira parte do prolongamento o Villarreal pareceu mostrar-se melhor fisicamente e instalou-se no meio-campo adversário. Moreno e Paco Alcacér dispuseram de boas oportunidades, mas não conseguiram marcar. E, nos segundos 15 minutos do tempo extra, foi o United quem esteve por cima.

O conjunto inglês não criou, ainda assim, qualquer lance de perigo nesse período e ainda se assustou, quando o VAR parou o jogo para avaliar uma possível mão de Fred na grande área do United. Tratou-se apenas de um ressalto, nada foi assinalado e a decisão seguiu para o desempate por pontapés da marca de grande penalidade.

mais feliz nos penáltis

No desempate por penáltis, ninguém falhou nas primeiras grandes penalidades, todos eles batidos por esquerdinos, sendo que Juan Mata e Alex Telles tinham saltado do banco do United pouco antes precisamente a pensar nas grandes penalidades.

Depois, chegou a vez do primeiro dextro, Paco Alcacér, que também não perdoou. O mesmo se passou com Bruno Fernandes. Seis grandes penalidades, três para cada lado, seis golos.

E os dois seguintes também entraram, um pelo outro Moreno do Villarreal, o outro por Rashford, para o United.

Chegou-se, então, aos derradeiros penáltis da primeira série de cinco e Parejo não perdoou, colocando o Villarreal a vencer por 5-4. A pressão estava nos pés de Cavani, que não a acusou e fez o 5-5.

No primeiro penálti do mata-mata, também ninguém falhou: Goméz marcou para o Villarreal, Fred marcou para o United. No segundo, o experiente Albiol marcou com enorme classe para os espanhóis, mas o jovem Daniel James fez o mesmo para os ingleses.

O drama continuou a seguir. Luke Shaw ficou perto de falhar, mas não falhou: 16 penáltis, 16 golos. Ninguém falhava. Chegou-se aos dez golos para cada lado, 20 penáltis convertidos em 20. A eficácia a 100% a prosseguir.

E eis que se chegou à altura os penáltis serem batidos pelos guarda-redes. Rulli não perdoou, com um forte remate de pé direito, mas David de Gea permitiu a defesa do guardião do Villarreal, que assim se tornou no herói da equipa do 'submarino amarelo'.

Os jogadores do Villarreal com o troféu
Os jogadores do Villarreal com o troféu Os jogadores do Villarreal com o troféu