O governo peruano justificou hoje os atrasos na construção das infraestruturas que levaram a FIFA a retirar ao país a organização do Mundial de sub-17 de futebol com o fenómeno climático El Niño.

A FIFA justificou a decisão drástica pelo facto de o Peru ter revelado “incapacidade para cumprir os compromissos de concluir as infraestruturas necessárias para sediar o torneio”, agendado para entre 10 de novembro e 02 de dezembro de 2023.

“Apesar de uma relação de trabalho muito positiva entre a FIFA e a FPF, foi determinado que agora não há tempo suficiente para garantir o investimento necessário e concluir o trabalho necessário com o governo peruano antes da data de início do torneio”, completou a FIFA, que vai revelar um novo anfitrião mais tarde.

O governo do país sul-americano justificou os atrasos devido às inundações provocadas pelo fenómeno ‘El Niño’, que provoca o sobreaquecimento das águas do oceano Pacífico, ao largo da América do Sul.

“Os únicos inconvenientes que comunicámos [à FIFA], e que são conhecidos por todo o mundo, ficaram a dever-se a catástrofes naturais, que impossibilitaram a intervenção nos estádios Elias Aguirre e Miguel Grau, no norte do país”, explicou o ministro da Educação do Peru, Óscar Becerra, que tutela o desporto.

Ainda de acordo com o governo peruano, a FIFA recusou a proposta apresentada de organizar a competição em Lima e Callao.

“Nós temos prioridades. E a prioridade, atualmente, é levar ajuda ao norte do país”, que foi afetado pelas chuvas e pelas inundações, rematou o Becerra.

Já na passada quarta-feira, a FIFA tinha retirado à Indonésia a organização do Mundial de sub-20, entre 20 de maio e 11 de junho, mas por motivos políticos, porque os governadores de duas províncias queriam proibir a participação da seleção de Israel.