Um grupo de deputados da comissão de Cultura, Media e Desporto do parlamento de Inglaterra identificou o racismo como um «problema importante» no futebol inglês e pediu a intervenção da federação (FA) para combater este problema.
O presidente desta comissão, John Whittingdale, reconheceu que várias campanhas nos últimos anos ajudaram a combater o racismo no futebol inglês, embora tenha sublinhado a necessidade de novas soluções.
«Embora o problema, a nível geral, seja positivo, há ainda muito que pode e deve fazer-se. Consideramos que a FA deve tomar a iniciativa», avaliou John Whittingdale.
Apesar de tudo, o relatório elaborado por esta comissão avalia, porém, que o ambiente nos jogos de futebol «mudou consideravelmente» em comparação às décadas de 70 e 80, «quando o racismo e outras formas de abuso era habituais».
Em resposta ao relatório desta comissão parlamentar, a FA e as duas principais ligas inglesas admitiram, em comunicado conjunto, a necessidade de continuar a privilegiar o combate ao racismo.
«Estamos de acordo com a comissão, embora haja progressos importantes para motivar a igualdade e combater a discriminação. Ainda há muitos desafios para todas as autoridades do futebol», reconhecem os três organismos.
Em dezembro do ano passado, o avançado do Liverpool Luis Suarez foi suspenso por oito jogos e multado em 40.000 libras (quase 45.000 euros) por comportamentos racistas contra o defesa do Manchester United Patrice Evra.