Um jogo que aparentou ser de complicada resolução foi resolvido na segunda parte, numa avalanche encarnada a fazer lembrar os velhos tempos do Benfica - estilo rolo compressor. Os encarnados somaram a terceira vitória consecutiva e respiram agora melhor para os desafios que têm pela frente até ao final da época. São 13 os jogos por disputar: 12 para o campeonato e a final da Taça de Portugal frente ao SC Braga.

As águas queriam esconjurar as performances 'fora do ninho', depois de cinco jogos sem vencer fora de portas. O Benfica acabou mesmo por quebrar o enguiço depois de uma vitória concludente construída na segunda parte e num espaço de poucos minutos.

Veja o resumo da partida

Na primeira parte, um Benfica com a sua melhor cara, - com Waldschmidt, Diogo Gonçalves, Pizzi, Otamendi e Helton Leite - começou por esbarrar na muralha defensiva da equipa azul, que se dispunha em campo com uma linha de cinco jogadores no momento defensivo.

Após uns primeiros minutos de muita luta, Pizzi teve o golo dos pés, depois de isolado por um passe adocicado de Grimaldo, mas não conseguiu bater Kritsyuk. Um minuto volvido e foi Seferovic a quase tirar tinta à barra da baliza. Mas a equipa de Petit não queria apenas um papel secundário no seu próprio palco e Helton Leite teve que se aplicar por volta da meia hora para evitar males maiores. Varela, por duas vezes, visou a baliza contrária, contudo os intentos foram travados pelo guardião das águias. Por volta da meia hora, o encontro viveu um período indefinido com o perigo a rondar ambas as balizas.

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No segundo tempo, a toada do jogo mudou completamente e a balança pendeu para o lado do Benfica. Depois de uma primeira parte em que circulação do lado do Benfica foi lenta e relativamente previsível, no segundo tempo, as águias transfiguraram-se. Os jogadores imprimiram muita velocidade e intensidade, com o Benfica a canalizar a construção ofensiva para as alas onde estavam Rafa e Grimaldo.

O primeiro golo da partida surgiu ao minuto 65´. Cruzamento de Grimaldo , com Seferovic a finalizar da melhor forma. O segundo do suíço surgiu três minutos volvidos. Grande passe de Diogo Gonçalves a desmarcar o dianteiro que com toda a frieza fez o 2-0. Com a equipa de Petit praticamente KO, o terceiro acabou por chegar com Lucas Veríssimo, estreante como marcador nas águias, a encostar de peito para o fundo das redes depois de mais um passe teleguiado de Grimaldo. Nesse período de maior fulgor encarnado, o Benfica esteve mortífero - com cinco remates, quatro enquadrados e três golos, de acordo com dados do Goal Point.

A 10 minutos do fim, os encarnados diminuiram a intensidade à espera do apito final. A vitória estava garantida, a terceira consecutiva do conjunto orientado por Jorge Jesus.

Momento

Bis de Seferovic ao minuto 55´. Este tento sentenciou praticamente as contas, com o adversário a sentir demasiado o peso do marcador. A partir daí, o guardião Helton Leite foi praticamente um espectador

Melhores

Otamendi

Autoritário na defesa, não permitiu grandes veleidades ao conjunto azul. Uma autêntica muralha no centro da defesa encarnada.

Seferovic

Homem do jogo no Estádio Nacional. Bisou e podia ter chegado ao hat-trick. Começou por demonstrar algum desacerto na primeira parte, mas redimiu-se na segunda. Leva 11 golos na Liga e está a quatro do liderança de Pedro Gonçalves.

Grimaldo

Duas assistências para golo no que parece ser o regresso à melhor forma do espanhol.

Rafa

Quando Rafa está bem é um dos melhores dos jogadores do campeonato português. Deslumbrou com vários lances de cariz individual, fruto da sua velocidade e controlo de bola, faltou-lhe apenas algum critério no momento da finalização e no último passe.

Varela

O mais inconformado na equipa de Petit. Esteve nos lances mais perigosos do Belenenses SAD ainda na primeira parte, que acabaram por ser parados por Helton Leite. Tentou ainda fazer uma assistência para Rúben Lima, mas sem sucesso.

Reações

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